Promessa desde 2008, o Ferroanel deve ter mais um capítulo escrito para a sua história. Difícil de sair do papel, o Governo Federal tenta agora uma nova maneira (a terceira) para que o projeto avance.
A primeira tentativa foi em 2008 onde a ideia era uma parceria entre os governos federal e estadual para viabilizar financeiramente o projeto, com participação da MRS. Depois, em 2012, a presidente Dilma Rousseff incluiu o projeto no Programa de Investimento em Logística onde o modelo previa que a iniciativa privada construísse o ramal e a estatal Valec teria o direito de compra de uso dos trilhos. O modelo, como sabemos, não vingou.
Como já citamos aqui, a MRS quer prorrogar seu contrato de concesão que vence em 2026 por mais 30 anos e o Governo Federal deve propor que, como contrapartida, a concessionária construa o ramo norte do Ferroanel que ligará a cidade de Campo Limpo Paulista, com trens vindo de Campinas, a Engenheiro Manoel Feio, seguindo rumo ao Porto de Santos. O trajeto, com 52 km de extensão, faria com que os trens não usassem mais os trilhos da CPTM, que hoje só podem ser usados por trens de carga em horários reduzidos.