Após o início das obras, começaram, ainda em meados da década de 70, as drásticas revisões do projeto HMD. A Linha Leste-Oeste era originalmente prevista como Casa Verde – Vila Maria, deixando os deslocamentos na Zona Leste a cargo do serviço de subúrbios da EFCB.
Porém, os subúrbios, operados pela companhia federal CBTU, estavam sofrendo um processo de rápida deterioração e o sucateamento das linhas, principalmente as da Central, era iminente.
Aproveitando a deixa, contrariando as premissas do HMD, fez-se com que o Metrô suprisse esse atendimento deficiente, seguindo em redundância à ferrovia na Zona Leste. Mais do que isso, a linha Leste-Oeste seria hipertrofiada a Leste, alcançando o então distante bairro de Itaquera, onde se previa a construção de um massivo projeto de habitação popular, a COHAB.
A construção da linha Leste-Oeste começou pelo trecho entre Sé e Brás, trecho inaugurado em 1979. A Estação Pedro II recebeu, além das plataformas elevadas da Linha Leste-Oeste, Plataformas subterrâneas para a Linha Sudoeste-Sudeste:
Não só as premissas do HMD foram quebradas aí, com uma linha construída para agregar mais usuários ao invés de distribuir os existentes, como a região que por ela seria atendida sofreu uma explosão populacional proposital.
O resultado foi bastante claro e é visível até hoje: a Linha Leste-Oeste passou a descarregar na Sé um número muito acima do que a Linha Norte-Sul é capaz de absorver, e os usuários passaram a se acumular nas plataformas.
A exemplo da Estação Pedro II, a Estação República também recebeu plataformas para a Linha Sudoeste-Sudeste, dois níveis acima das plataformas da Linha Leste-Oeste.
Em dezembro de 1988, a Leste-Oeste adquiriu sua configuração atual, de Barra Funda a Itaquera.
Ainda em fins dos anos 80, iniciou-se a construção do Ramal Paulista, depois denominado Linha Vila Madalena-Vila Prudente, prevendo uma expansão a leste, para ser construída logo após o término dos trechos anteriormente previstos. A operação desta linha iniciou em 1991, entre Paraíso e Consolação, e mais tarde foram concluídos os trechos de Paraíso a Ana Rosa e de Consolação a Vila Madalena.
Em 1992, o serviço de subúrbios da Santos-Jundiaí e da Central do Brasil foram repassados ao controle estadual, que, agregando-os aos subúrbios da Sorocabana (operados pela estadual FEPASA), criou a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com a promessa de requalificá-los e dar-lhes operação análoga à do Metrô, fazendo dessas linhas, linhas de metrô de superfície.
Essa dita conversão, no caso da atual Linha 10 – Turquesa, bem como a construção do Corredor Expresso Tiradentes, de BRT, acabou por servir de pretexto ao abandono do projeto do tramo sudeste da Linha Sudoeste-Sudeste. Dessa forma, as plataformas inferiores da Estação Pedro II deverão continuar inutilizadas.
Além disso, o projeto do “Ramal Moema” foi mesclado ao “Projeto Sul”, da antiga FEPASA, resultando no traçado atual (e em construção) da Linha 5 – Lilás. Contudo, a integração com as Linhas 1 e 2 se dará nas estações Santa Cruz e Chácara Klabin, de forma que as plataformas construídas para este fim em Paraíso também permanecerão inutilizadas.