Ainda não há uma definição sobre a decisão da Prefeitura de São Paulo de manter ou não o valor da passagem de ônibus sem reajuste, após ao menos quatro anos sem aumento. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o prefeito Ricardo Nunes comentou a possibilidade de elevação da tarifa.
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Segundo o prefeito, ainda faltam estudos técnicos por parte da SPTrans para embasar qualquer decisão.
“Não tenho como falar agora. Todo final de ano, a SPTrans apresenta um estudo amplo de custos, envolvendo mão de obra, pneus, diesel e outros insumos. Também é feito um panorama da situação da cidade e do país. É um estudo bastante profundo e, a partir disso, tomamos uma decisão”, afirmou Nunes.
O prefeito lembrou que, desde 2021, a tarifa não sofreu reajustes em razão de um programa de recuperação econômica adotado pela cidade após os impactos da pandemia. O último aumento da passagem em São Paulo ocorreu em 1º de janeiro de 2024, quando o valor passou de R$ 4,40 para R$ 5. Antes disso, a última correção havia sido aplicada em janeiro de 2020, ainda durante a gestão de Bruno Covas. Historicamente, os reajustes da tarifa de ônibus em São Paulo ocorrem no mês de janeiro.
A decisão sobre um novo reajuste, no entanto, pode levar em conta a recente greve surpresa ocorrida na capital paulista. Nunes classificou a paralisação como uma sabotagem.
“Dessa vez tivemos uma greve, uma sabotagem, uma ação absurda. A Prefeitura está com as contas em dia com as 32 concessionárias”, afirmou.
Na ocasião ocorrida na semana passada, todo sistema parou durante a tarde após falta de pagamento de benefício das operadoras aos trabalhadores.
O prefeito também comentou sobre o aumento dos subsídios repassados às empresas de ônibus. Em 2024, cerca de R$ 6 bilhões foram destinados às operadoras para manter a tarifa em R$ 5. Sem os subsídios, segundo a Prefeitura, a passagem poderia chegar a aproximadamente R$ 8. No cálculo também entram os custos das gratuidades concedidas a idosos e pessoas com deficiência.







