A nova Linha 6–Laranja de metrô pode ser aberta aos passageiros no ano que vem. Considerando que dezembro de 2025 já se aproxima do fim, restam poucas semanas até o início de 2026, período em que serão realizados testes essenciais para a operação de um sistema de transporte de alta capacidade.
O primeiro trecho previsto para inauguração é o que liga as futuras estações Brasilândia e Perdizes. Segundo comunicados oficiais e declarações de autoridades, a abertura ao público está prevista para o segundo semestre de 2026.
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Responsável pelo transporte estimado de mais de 600 mil passageiros por dia, a concessionária Linha Uni adquiriu 22 trens que estão sendo fabricados pela Alstom. Durante a entrega da primeira composição, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que pelo menos oito unidades estavam em fase final de produção.
Em nota ao Via Trolebus, a concessionária informou que ao menos quatro composições já chegaram ao Pátio Morro Grande, e uma quinta deve ser entregue nos próximos dias.
Outro ponto em andamento é a fase de testes com os trens. Na mesma declaração, o governador havia mencionado que as primeiras movimentações ocorreriam em setembro. Não há, entretanto, registros desses experimentos até o momento, embora haja relatos de trilhos e sistema de energia que ao menos chegaram a ser instalados.
Trens da Linha 6 reaproveitam energia em 95% das frenagens
O site questionou a concessionária sobre o cronograma de testes e eventuais atrasos na entrega dos trens, mas a empresa limitou-se a informar que “o cronograma de entrega dos 22 trens previstos para a Linha 6-Laranja segue dentro do planejamento”.
Os trens estão sendo construídos em aço inoxidável, material que garante maior resistência e vida útil superior a quatro décadas. Por serem fabricadas com esse tipo de aço, as composições ficam mais leves que modelos tradicionais feitos em aço carbono, o que também reduz o consumo de energia durante a operação.
Utilizam tecnologia de frenagem regenerativa, sistema que permite reaproveitar a energia gerada no momento da desaceleração. Em vez de depender apenas do freio mecânico, os motores elétricos passam a atuar como geradores, convertendo a energia do movimento em eletricidade.
Essa eletricidade retorna para a rede e pode ser utilizada por outras composições que estejam acelerando. Na prática, a energia de um trem que desacelera pode ajudar a impulsionar outro que está ganhando velocidade — tudo controlado automaticamente pelo sistema de alimentação e sinalização.
Para que isso aconteça, o trem que receberá a energia precisa estar a uma distância adequada. Na Linha 6–Laranja, estima-se que cerca de 95% das frenagens funcionarão de forma regenerativa, resultando em economia de energia e menor desgaste dos componentes. Por soluções como essa, o projeto foi o primeiro metrô do país a conquistar o selo AST-Infra, voltado a iniciativas sustentáveis de infraestrutura.





