BNDES prevê R$ 1,2 bilhão para VLT em SP

Como ficará o Viaduto Dona Paulina com o VLT - Fonte: SP Urbanismo

A Prefeitura de São Paulo planeja implantar um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região central da cidade. A proposta, batizada de “Bonde São Paulo”, integra o Plano de Metas da atual gestão, que prevê a conclusão dos estudos técnicos e a publicação do edital de licitação para o novo sistema de transporte.

O projeto também foi citado no relatório “Estudo Nacional de Mobilidade Urbana: Desenvolvimento do Transporte Público de Média e Alta Capacidade nas Principais Regiões Metropolitanas do País (ENMU)”, elaborado pelo BNDES em parceria com o Ministério das Cidades, que estima investimentos de cerca de R$ 1,2 bilhão.

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Durante apresentação no Instituto de Engenharia, representantes da SP Urbanismo detalharam o conceito do VLT, que deverá circular por vias do centro histórico. Segundo Pedro Martin Fernandes, diretor-presidente da empresa, o sistema tem como foco a integração com outros modais.

“O VLT fará a conexão com nove estações de metrô, cinco terminais de ônibus e duas estações da CPTM, além de manter uma boa relação com os pedestres”, destacou.

A iniciativa faz parte da estratégia da Prefeitura de revitalizar o centro da capital e atrair 200 mil novos moradores para a região.

Traçado e integração urbana

De acordo com Rafael Barreto Castelo da Cruz, diretor de Desenvolvimento Urbano da SP Urbanismo, a primeira linha do VLT terá formato circular, percorrendo o centro em dois sentidos — horário e anti-horário —, acompanhando o trajeto da rótula central.

SP Urbanismo

O traçado ainda está em análise, mas deve incluir vias icônicas como a Rua Direita, o Viaduto do Chá, o entorno do Theatro Municipal e a Rua da Cantareira. Uma segunda linha está prevista para ligar o centro ao bairro do Bom Retiro, ampliando a cobertura do sistema.

Além do transporte, o projeto prevê intervenções urbanísticas para melhorar o ambiente do centro, como calçadas mais largas, áreas verdes e gramados entre os trilhos, que ajudarão na drenagem e na valorização dos espaços públicos.

“Não é apenas a implantação de um novo modal, mas um projeto urbanístico estruturador, que transforma o território”, afirmou Barreto.

Como ficará a Praça João Mendes com o VLT – Fonte: SP Urbanismo

Tecnologia e material rodante

Os trens do Bonde São Paulo deverão ser de piso baixo, adequados para rampas de até 6% de inclinação e curvas com raio mínimo de 25 metros. A frota inicial está estimada em 36 composições.

A Prefeitura ainda avalia diferentes tecnologias de tração, incluindo sistemas com rede elétrica aérea, baterias, supercapacitores, hidrogênio e até trens de trilho virtual. A escolha final será definida no edital da licitação, que deverá ser lançado após a conclusão dos estudos técnicos.

Renato Lobo – Editor do Via Trolebus

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.
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