A futura Estação Anália Franco, da Linha 16-Violeta do Metrô de São Paulo, ficará em uma das áreas mais valorizadas da zona leste, no bairro Jardim Anália Franco. O projeto, que integra a consulta pública do novo ramal, prevê a construção da estação em um terreno delimitado pelas avenidas Vereador Abel Ferreira, Monte Magno e pela Rua Jorge Bittar — região marcada pela presença de edifícios residenciais de médio e alto padrão e intenso movimento comercial.
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A localização foi escolhida de forma estratégica, próxima à futura estação homônima da Linha 2-Verde, o que permitirá integração direta entre as duas linhas no futuro. Essa conexão deve ampliar a cobertura do transporte sobre trilhos na zona leste, facilitando o deslocamento de passageiros e incentivando o uso do transporte coletivo em uma região que concentra grande número de viagens diárias.
Local da estação:
A linha 16 deve passar por baixo da linha 2, e a integração deverá ser por meio de escadas rolantes e físicas que devem chegar até o lado oeste das plataformas da linha que parte de Teodoro Sampaio:
O projeto também destaca a proximidade com o Shopping Anália Franco, um dos principais polos de comércio e serviços da cidade, responsável por gerar alta demanda de usuários. O entorno da estação possui infraestrutura urbana consolidada, com vias arteriais, escolas, hospitais e ampla rede de serviços, o que reforça o potencial do bairro como um dos principais centros de adensamento da capital.
Estrutura subterrânea e acessibilidade
A Estação Anália Franco será totalmente subterrânea, construída com o método NATM (Nova Técnica Austríaca de Tunelamento). O acesso principal ficará no nível térreo (cota 811,49), voltado para a Avenida Vereador Abel Ferreira e Montemagno, onde também estará localizado o hall de bilheterias.
O projeto prevê dois poços secantes de 34 metros de diâmetro, que concentrarão as principais estruturas de circulação vertical — como escadas rolantes, fixas e elevadores. Esses poços ligarão o nível de acesso ao mezanino inferior, responsável pela distribuição dos fluxos de passageiros entre as plataformas.
A área pública contará com bilheterias e máquinas de autoatendimento, e o controle de acesso será feito por um conjunto de nove bloqueios, sendo sete reversíveis e dois acessíveis, garantindo fluidez e total acessibilidade.
Plataformas e circulação
A estação terá duas plataformas laterais, com 6 metros de largura e 132 metros de extensão, dimensionadas para suportar tanto as condições normais de operação quanto situações de maior demanda. Entre o nível da bilheteria (cota 748,51) e a plataforma (cota 716,67), haverá dois pavimentos intermediários e um mezanino inferior (cota 721,63), que organizará os fluxos de entrada e saída, especialmente nos horários de pico.
Cada plataforma será conectada ao mezanino inferior por um elevador, duas escadas rolantes e uma escada fixa, além de escadas pressurizadas destinadas à evacuação em caso de emergência.
Edifício técnico e operação
As instalações técnicas e operacionais ficarão em um edifício anexo com acesso direto pela Avenida Vereador Abel Ferreira. O espaço abrigará os equipamentos de suporte à operação, como transformadores, grupo gerador a diesel, salas elétricas, baterias, sistemas de ventilação e escadas técnicas de emergência.
Com a futura Estação Anália Franco, a Linha 16-Violeta reforça o objetivo do Metrô de expandir o transporte de alta capacidade para regiões densamente povoadas da zona leste, promovendo mobilidade sustentável, acessibilidade e integração com outros modais.
Renato Lobo – Editor do Via Trolebus
