A Estação São Carlos, uma das futuras paradas da Linha 16-Violeta do Metrô, será construída no distrito da Mooca entre as avenidas dos Estados e Presidente Wilson. De acordo com informações da Consulta Pública do projeto, o local escolhido está inserido em uma área de uso predominantemente industrial e comercial de média escala, marcada por galpões, oficinas e centros logísticos. Apesar da baixa movimentação de pedestres atualmente, a região passa por um processo de transformação urbana, impulsionado por novos empreendimentos residenciais e de serviços.
O terreno da futura estação está dentro do perímetro da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, iniciativa que busca requalificar o eixo industrial entre os bairros do Ipiranga e da Mooca. O objetivo é promover o adensamento ordenado, a melhoria da infraestrutura pública e a integração com o transporte coletivo. Nesse contexto, a Estação São Carlos será um ponto estruturador da mobilidade, contribuindo para valorizar a região e impulsionar seu redesenvolvimento urbano.
Local da estação:
O projeto da estação foi elaborado respeitando os limites de desapropriação definidos nos estudos preliminares e prevê a implantação em terrenos adequados às exigências técnicas do sistema metroferroviário. A localização estratégica permitirá, no futuro, integração com a Linha 6-Laranja do Metrô e com a Linha 10-Turquesa da CPTM, ampliando a conectividade da rede de transportes e facilitando o deslocamento entre diferentes regiões da capital.
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Segundo o documento, a estação foi dimensionada com base na demanda prevista para o ano de 2040, garantindo capacidade adequada para o fluxo esperado de passageiros.
Estrutura e acessos
A Estação São Carlos terá um único acesso principal, instalado na cota 731,39, entre as avenidas dos Estados e Presidente Wilson. O acesso ficará em nível térreo, com ligação direta ao passeio público e integração ao sistema viário local. O projeto contempla acessibilidade universal, atendendo pessoas com mobilidade reduzida e garantindo conexão eficiente com futuras ligações às linhas 6-Laranja e 10-Turquesa.
Conforme imagem abaixo, a conexão com a Linha 6 será por meio de um túnel a norte da estação, enquanto a integração com a Linha 10 será por meio de um túnel a nordeste:
A estação será totalmente subterrânea e construída pelo método NATM (New Austrian Tunneling Method), técnica que permite execução segura em áreas urbanas densas e de solo variado. O fluxo vertical será concentrado em um único poço elíptico, que interligará os diferentes níveis da estação.
Um edifício auxiliar será implantado nas proximidades, de uso exclusivo operacional, abrigando sistemas técnicos como transformadores, grupo gerador, baterias, ventilação, equipamentos eletrônicos e escadas de emergência.
Hall e bilheterias
O hall de entrada, voltado para a Avenida dos Estados, abrigará bilheterias, máquinas de autoatendimento e bloqueios, distribuídos de modo a garantir fluidez e orientação clara aos passageiros. A separação entre a área paga e a não paga contará com oito bloqueios, sendo seis reversíveis e dois acessíveis, assegurando controle eficiente dos fluxos e plena acessibilidade.
Próximo à linha de bloqueios, ficará a Sala de Supervisão Operacional (SSO), de onde será possível monitorar em tempo real o movimento dos usuários e o funcionamento da estação.
Conexões e plataformas
Após o acesso principal, os passageiros descerão cerca de 8,4 metros até o primeiro nível intermediário (cota 724,19), onde está prevista a integração com a Linha 10-Turquesa. O segundo nível intermediário (cota 716,99) dá acesso ao mezanino inferior, localizado na cota 709,79, que concentrará a integração com a futura Linha 6-Laranja.
Cada pavimento contará com dois elevadores, quatro escadas rolantes e uma escada fixa, garantindo acessibilidade total e conforto na circulação.
As plataformas, do tipo laterais, terão 6 metros de largura e 132 metros de comprimento, projetadas conforme normas de conforto e segurança. O dimensionamento prevê ocupação de até 1,5 passageiros por metro quadrado em operação normal, podendo chegar a 3,6 passageiros por metro quadrado em situações de contingência.
Com essas características, a Estação São Carlos deverá desempenhar papel fundamental na integração entre o centro expandido e a zona leste de São Paulo, reforçando o papel da Linha 16-Violeta como eixo estruturador da mobilidade metropolitana.





