A operação do trem entre São Paulo e Campinas, o chamado Trem Intercidades Eixo Norte, está prevista inicialmente para ocorrer em via singela, com pontos de ultrapassagem. Na prática, o sentido prioritário em determinado horário ocupará a via principal, enquanto o sentido contrário deverá aguardar a passagem nos chamados sides.
Esse modelo de operação consta no contrato firmado com a TIC Trens, concessionária responsável pelo projeto, que deve iniciar as obras em 2026 e prevê entregar o serviço até 2031. No entanto, a empresa estuda a implantação de uma segunda via, paralela à principal, o que eliminaria a necessidade dos desvios.
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O diretor-presidente da TIC Trens, Pedro Moro, recebeu nesta segunda-feira veículos especializados em mobilidade — entre eles o Via Trolebus — e comentou sobre o estudo para a duplicação da via. Segundo ele, o projeto pode trazer mais agilidade e flexibilidade operacional.
“Com os sides de ultrapassagem, você tem uma operação muito rígida em termos de intervalo praticado. Qualquer interferência que ocorra na via — uma porta, alguém passando mal, um trem retido na plataforma — impacta toda a programação. O contrato de concessão prevê que é possível realizar o estudo e implantar uma via duplicada, desde que sejam atendidos os requisitos estabelecidos”, afirmou Moro.
O diretor-presidente também destacou que o estudo para a segunda via está em andamento e que a ideia é comparar os dois cenários — via singela e via dupla.
“A gente está fazendo esse estudo, um projeto. Não paramos o projeto da via singela com os sides, mas ao mesmo tempo estamos desenvolvendo o projeto de via dupla, até para ter um comparativo entre os dois. É um projeto um pouco mais demorado. O de via singela está praticamente pronto e deve passar por uma análise de viabilidade para implantação.
Esse estudo é muito importante para garantir estabilidade e regularidade na operação de um sistema com horários marcados. Pensando no futuro, a duplicação é fundamental para oferecer mais possibilidades operacionais e flexibilidade no planejamento”, concluiu.
