Um corredor verde que pode abrigar um veículo leve, seja sobre trilhos ou sobre pneus, ligando as zonas leste e oeste de São Paulo. Calçadas largas, junto com um parque linear de modo a privilegiar o pedestre, além de uma ciclovia integrada.
Esta é a proposta do Boulevard Marquês de São Vicente, partindo da Barra Funda até o Tatuapé. O Via Trolebus conheceu o projeto, que é conduzido pela SP Urbanismo, em parceria com a SMUL – Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, SMT – Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte e a SPTrans.
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A proposta contempla 6,9 km de extensão, com largura variando entre 38 e 44 metros. De acordo com a Prefeitura, a nova via será paralela à Marginal Tietê. O projeto é considerado um modelo de referência pela forma como integra, em seu desenho, melhorias de mobilidade e provisão de espaços de lazer, drenagem sustentável associada ao sistema convencional e mitigação e adaptação do espaço urbano frente às mudanças climáticas. Por fim, será a obra que permitirá a desativação do Elevado Presidente João Goulart (Minhocão).
Para sair do papel, estão previstas 190 desapropriações, o que deve viabilizar:
- 90.000 m² de parque linear (que será construído junto à Avenida)
- 69.700 m² de calçadas
- 12 km de sistema cicloviário
- 111.600 m² de pista de rodagem, além de um sistema de transporte de média capacidade.
Há a previsão de enterramento da rede elétrica. No trecho com largura de 44 metros, o parque linear poderá ser no canteiro central da Avenida, conforme imagem abaixo:
O Veículo Leve Elétrico
A ideia é implantar um modal elétrico com características ferroviárias. Os documentos chamam de VLE, sigla para Veículo Leve Elétrico, o que abre espaço para a escolha entre um veículo leve sobre trilhos ou um ART (Autonomous Rail Rapid Transit) — um tipo de trem guiado por marcações na via, que utiliza pneus de borracha.
O meio de transporte deverá ser de piso baixo, baixa emissão e com características que podem qualificar urbanisticamente a região.
A nova linha de transporte deve ser integrada ao Bonde São Paulo, e as frotas dos dois projetos poderão compartilhar um pátio previsto na região da Armênia.
Há ainda análises de que o meio de transporte possa partir da futura estação Água Branca, que no futuro deve concentrar as linhas 3-Vermelha e 6-Laranja de metrô, as linhas 7-Rubi, 8-Diamante e 9-Esmeralda de Trem Metropolitanos, além dos eixos Norte e Oeste do Trem Intercidades.
O projeto prevê a implantação de uma faixa exclusiva de transporte coletivo, que também considera corredor de ônibus. Ainda que a proposta comporte qualquer uma das opções, foi realizada uma comparação para demonstrar como o VLT é mais vantajoso por diversos motivos, como a valorização do entorno.
O trajeto
O novo corredor verde deve partir da Avenida Marquês de São Vicente, seguir pela Avenida Sérgio Tomás e, ao final dela, será aberta uma nova avenida até a Avenida Salim Farah Maluf.
Prazos
O Projeto Funcional foi concluído, e os Projetos Básicos e o EIA/RIMA devem entrar em licitação até o fim deste ano. As obras estão previstas para 2027.
O custo total com as desapropriações é avaliado em R$ 1.592.702.270,88.
Planos futuros
A ideia da Prefeitura é que, no futuro, a via possa ser estendida nas duas pontas — a oeste, até a Avenida Edgar Facó, e a leste, até a Avenida Aricanduva.





