O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), iniciou nesta segunda-feira (6) a consulta pública do projeto de Parceria Público-Privada (PPP) da Linha 16-Violeta do Metrô, que deverá conectar as zonas leste e oeste da capital paulista. A abertura do processo foi divulgada no Diário Oficial do Estado da mesma data.
🚎 Fique por dentro das notícias mais recentes sobre mobilidade:
✅ Canal do Via Trolebus no WhatsApp
✅ Canal do Via Trolebus no Telegram
Os documentos da consulta revelam detalhes sobre o novo eixo metroviário, que em sua primeira fase vai ligar as estações Teodoro Sampaio, na zona oeste, e Abel Ferreira, na zona leste. A estimativa é que, até 2040, a linha transporte cerca de 475 mil passageiros por dia.
Pátio São Carlos
Um dos pontos destacados é o pátio de manobras e manutenção da Linha 16, que mantém a localização prevista no projeto original, na região da Mooca. O espaço, que deverá abrigar e realizar a manutenção de 25 trens, será construído entre as vias da Linha 10-Turquesa, a Avenida Henry Ford e o Viaduto São Carlos.
Acesso dos trens
Outro detalhe apresentado na consulta pública diz respeito às vias de acesso ao pátio. De acordo com o traçado técnico, após a Estação São Carlos, haverá uma via derivando à direita, que em seguida cruza as vias principais para a esquerda, encontrando-se com outra via que parte no sentido oposto, logo após a futura Estação Paes de Barros.
Essas duas vias se unem e curvam-se em direção à entrada do pátio, formando o acesso operacional da nova linha. O local terá aproximadamente 100 mil metros quadrados. O espaço será composto por 11 blocos estruturais, vias ferroviárias e áreas públicas internas, concentrando as atividades de manutenção, estacionamento e controle operacional dos trens.
O pátio terá múltiplas funções, entre elas o estacionamento dos trens fora de operação, limpeza interna e externa das composições, e a realização de manutenções preventivas e corretivas. Além disso, o local dará suporte às equipes de manutenção da rede aérea, da via permanente e dos equipamentos das estações da Linha 16. O complexo também abrigará o Centro de Controle Operacional (CCO) da nova linha, responsável pela supervisão e monitoramento de toda a operação.
Estrutura ferroviária
A via permanente do pátio será composta por 24 linhas férreas, organizadas por função:
- V10 e V11 – Acesso ao pátio: são as principais vias de entrada, que chegam ao pátio por meio de um túnel sob os blocos A, C, E e L, distribuindo os trens para as demais linhas internas.
- V01 – Lava-trens: linha destinada à máquina de lavagem e sopragem, utilizada na higienização das composições.
- V02 – Torno rodeiro: voltada à manutenção das rodas e truques, conectada ao Bloco R.
- V03 a V09, V12 e V19 a V24 – Estacionamento: essas vias abrigarão até 18 trens, sendo 10 com acesso interno por plataformas elevadas a 1,08 metro. Outras linhas, como V01, V02, V08, V09, V15, V16 e V17, poderão acomodar mais 7 veículos, totalizando 25 posições de estacionamento. A movimentação dos trens ocorrerá de forma automática e não tripulada (“unattended”).
- V10 e V11 – Veículos auxiliares: também reservadas à manutenção e limpeza de veículos técnicos, usados na conservação da via permanente e da rede aérea.
- V13 a V17 – Manutenção de trens: linhas voltadas à manutenção preventiva e corretiva, permitindo acesso ao teto, salão e parte inferior dos trens. Uma delas será equipada com sistema de macacos sincronizados para a troca de truques.
Com essa configuração, o Pátio São Carlos será fundamental para garantir a eficiência operacional, a limpeza e a segurança da Linha 16-Violeta, que integrará as zonas leste e oeste de São Paulo.





