Moscou deu um passo decisivo rumo ao futuro da mobilidade urbana ao lançar o primeiro veículo leve sobre trilhos autônomo em operação regular na Linha 10. Desenvolvida integralmente pelas equipes do Metrô de Moscou, a inovação marca o início de um programa que prevê a automatização de toda a rede até 2035.
O novo veículo circula entre a estação Shchukinskaya e a Rua Kulakova, no noroeste da capital russa, transformando o trecho em um verdadeiro laboratório de tecnologia ferroviária.
Testes extensivos garantiram segurança
Antes de entrar em serviço, o trem percorreu mais de 8 mil quilômetros de testes, todos sem incidentes. Em conformidade com as normas locais, um funcionário permanece a bordo durante as viagens para monitorar o funcionamento, assegurando uma transição gradual até a operação totalmente autônoma.
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Tecnologia desenvolvida em Moscou
O sistema foi concebido por engenheiros locais e integra recursos como sensores ambientais, visão computacional, mapeamento de alta precisão, sistemas antiderrapantes e softwares de navegação e planejamento de rota. A tecnologia permite que o veículo realize todas as operações de forma independente: paradas com precisão milimétrica, abertura e fechamento de portas, respeito à sinalização, prioridade a pedestres, cruzamentos complexos e cumprimento dos horários da linha.
Expansão prevista até 2035
O plano de implantação prevê três novos veículos autônomos até o final de 2025. Até 2030, cerca de 300 unidades – dois terços da frota – deverão ser automatizadas. A meta final, em 2035, é que 90% dos veículos leves sobre trilhos de Moscou operem sem motoristas.
Além dos bondes: metrô autônomo em preparação
A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla de modernização. Em dezembro, a cidade dará início aos testes do primeiro metrô autônomo da Rússia, na Linha Big Circle, utilizando trens da série Moskva em viagens noturnas sem passageiros.
Impacto para os passageiros
Para os usuários, os benefícios já começam a ser percebidos na Linha 10, com maior regularidade e pontualidade. A expectativa é que, com a expansão da tecnologia, seja possível oferecer intervalos menores, horários estendidos e redução de falhas relacionadas ao erro humano.