O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, visitou nesta segunda-feira (08/09) as obras da estação de metrô da Gávea, parte da Linha 4. O local passa atualmente pelo processo de retirada da água acumulada nos poços desde 2018, utilizada para sustentar a estrutura durante a paralisação das obras. Desde o início da etapa, em 14 de agosto, já foram escoados cerca de 9 milhões de litros de água — o equivalente a pouco mais de três piscinas olímpicas.
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A previsão é que o deságue, realizado de forma gradual e monitorada, leve cerca de quatro meses para ser concluído. Após essa fase, será iniciada a instalação dos trilhos e a detonação de 60 metros de rocha, que dará continuidade à escavação da estação.
“A paralisação das obras era um problema histórico, mas tomamos a frente para resolver essa questão e avançar. Vamos melhorar o sistema metroviário, além de trazer benefícios não somente para os moradores da Gávea, mas para toda a população do Rio. São 2.500 empregos gerados a partir dessa obra e, quando concluída, a estação vai beneficiar cerca de 20 mil pessoas por dia”, destacou o governador.
Esgotamento controlado
Os poços da estação haviam sido inundados com 60 milhões de litros de água. O processo atual é conduzido pelo Consórcio Construtor Gávea, após aprovação das licenças ambientais pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A retirada ocorre a um ritmo de 250 mil litros por dia, rebaixando a coluna d’água em meio metro diariamente.
Depois do esgotamento, está prevista a retirada de aproximadamente 140 mil toneladas de rocha ao longo de 11 meses. Em paralelo, seguirão trabalhos de preparação para a instalação da via permanente e das estruturas das passagens de emergência.
“Estamos fazendo um trabalho gradual, com monitoramento 24 horas por dia e acompanhamento técnico, para garantir a segurança da população. Em seguida, partimos para a instalação dos trilhos e as detonações no corpo da estação. A Gávea vai ser um marco histórico”, afirmou a secretária estadual de Transporte, Priscila Sakalem.
Planos de expansão
Durante a visita, também foi apresentado o Plano Diretor Metroviário (PDM), elaborado pela Riotrilhos. Entre os projetos em análise estão a ligação Estácio – Praça XV, a criação da Linha 3 (Praça XV – Niterói – Guaxindiba) e a extensão da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes.
Segundo o presidente do MetrôRio, Guilherme Ramalho, uma conexão direta entre as estações Uruguai e Gávea permitiria integrar a Zona Norte à Zona Sul em apenas 10 minutos de viagem, desafogando a Linha 1 e encurtando trajetos até a Zona Oeste.
“A retomada dos investimentos na estação Gávea é o passo inicial para ampliarmos o sistema metroviário do Rio”, afirmou Ramalho.





