Um estudo elaborado pelo BNDES, em parceria com o Ministério das Cidades, detalha o projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) proposto pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Niterói, que prevê a ligação entre os bairros de Barretos, Centro e Charitas por um corredor de 11,8 km e 19 estações. O traçado inclui integração com o serviço das barcas em Araribóia e Charitas, criando um eixo de transporte coletivo de norte a sul da cidade.
Atualmente, a região leste metropolitana, que abrange Niterói e São Gonçalo, não conta com eixos consolidados de transporte público coletivo de média e alta capacidade, à exceção de um corredor exclusivo na região oceânica de Niterói. O novo VLT conectaria áreas limítrofes com São Gonçalo, passando por pontos estratégicos como o Terminal João Goulart e Araribóia, permitindo integração direta com as barcas para o Rio de Janeiro.
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Além de melhorar a mobilidade, o projeto tem caráter urbanístico, com intervenções baseadas nos princípios de Desenvolvimento Orientado ao Transporte (DOT), prevendo o redesenho de espaços urbanos e incentivo ao uso do transporte coletivo.
O VLT já conta com Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e projeto funcional de corredores, estações e terminais. O investimento estimado em obras (CAPEX) é de R$ 1,8 bilhão. Há dois cenários de financiamento: um com aporte integral de recursos públicos (Prefeitura de Niterói, Governo do Estado ou União) e outro prevendo que a futura concessionária assuma os custos com material rodante. O projeto também possui estruturação legal e institucional avançada, embora o estudo de demanda esteja em atualização.
A proposta foi incluída no Novo PAC, com previsão de R$ 455 milhões em recursos — sendo R$ 273 milhões do Orçamento Geral da União e R$ 182 milhões via financiamento. O apoio federal, no entanto, não cobre gastos com aquisição de trens nem desapropriações.




