O Governo do Estado do Rio de Janeiro tem planos para ampliar a rede de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região metropolitana. A informação consta no Estudo Nacional de Mobilidade Urbana: Desenvolvimento do Transporte Público de Média e Alta Capacidade nas principais Regiões Metropolitanas do país (ENMU), elaborado pelo BNDES em parceria com o Ministério das Cidades.
Entre os projetos mencionados está a implantação de um VLT ligando o município de Nova Iguaçu à estação Pavuna, com o objetivo de integrar o sistema ao ramal Belford Roxo da SuperVia e à Linha 2 do Metrô. O trajeto planejado tem aproximadamente 12,6 km de extensão e prevê 16 estações ao longo do percurso, que passaria pelos municípios de Belford Roxo, Mesquita e São João de Meriti. A proposta prevê o uso de um antigo leito ferroviário de carga atualmente desativado.
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A principal função do novo VLT seria reforçar a conexão com dois importantes eixos de transporte de alta capacidade na Pavuna, sobretudo o ramal Belford Roxo, considerado um dos mais problemáticos da SuperVia.
No entanto, há obstáculos para a execução do projeto. O leito ferroviário previsto para o traçado ainda pertence à empresa privada MRS Logística, o que exigiria negociações complexas e possivelmente onerosas para a cessão do espaço. Além disso, há trechos da via invadidos, o que demandaria processos de desapropriação para viabilizar a obra.
No Plano Regional de Mobilidade (PRM) 2034, o projeto foi classificado como posterior ao horizonte do plano, com base em uma análise multicritério que avaliou indicadores qualitativos e quantitativos para ordenar as propostas.
Por se tratar de um estudo estratégico, o documento apresenta apenas estimativas preliminares de investimento (CAPEX), com base em custos médios por quilômetro de implantação e previsão de demanda. A expectativa é de que o VLT transporte cerca de 120 mil passageiros por dia, com um investimento estimado em R$ 1,8 bilhão. O estudo, no entanto, não detalha o número de veículos necessários, custos operacionais (OPEX), estrutura de operação nem fontes de financiamento.




