Um novo eixo ferroviário poderá futuramente conectar as cidades de São Bernardo do Campo e Embu das Artes, passando por Diadema e pela Zona Sul da capital paulista. Trata-se da futura Linha 25-Topázio, revelada antecipadamente pelo Via Trolebus.
A proposta foi apresentada no Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em conjunto com o Ministério das Cidades. O documento revela detalhes inéditos, como tamanho da frota e custo previsto. O estudo aponta que, até 2054, a Região Metropolitana de São Paulo poderá contar com 147 quilômetros de linhas de metrô.
A Linha 25-Topázio já havia sido mencionada no PITU 2040 e, conforme descrito no ENMU, contará com cerca de 34,5 km de extensão e 21 estações. Entre as conexões previstas estão a futura estação São Bernardo do Campo (ligada à futura Linha 14-Ônix da CPTM) e a estação Campo Limpo (atendida pela Linha 5-Lilás da ViaMobilidade e futura Linha 24-Quartzo da CPTM). O traçado preliminar foi apresentado na Figura 99 do estudo, com base em dados compartilhados com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM).
De acordo com o estudo, a Linha 25-Topázio foi idealizada para atender áreas historicamente carentes de infraestrutura ferroviária, como Diadema, Embu das Artes e São Bernardo do Campo, promovendo uma expansão relevante da malha metroferroviária na Grande São Paulo. Das 21 estações previstas, apenas a Estação Campo Limpo já está em operação. O projeto envolve não só a construção das estações, mas também de pontes, túneis e adequações geométricas necessárias, o que justifica o alto custo estimado.
O novo traçado foi concebido com o objetivo de evitar o centro de São Paulo, oferecendo uma alternativa vantajosa para passageiros cujo destino final não está nas regiões centrais. Isso permitirá reduzir os tempos de deslocamento e aliviar a sobrecarga nas estações centrais, que enfrentam superlotação. A medida também deverá beneficiar quem utiliza o centro como ponto de conexão, uma vez que haverá diminuição no fluxo geral de usuários.
Por ora, estão previstas conexões com a Linha 5-Lilás e com as futuras Linhas 14-Ônix e 24-Quartzo. No entanto, por estar em fase inicial e atravessar regiões ainda pouco atendidas por trens, o projeto tem poucas integrações com a rede existente. Com o avanço do planejamento, novas conexões poderão ser incorporadas, ampliando a eficiência e o alcance do sistema.
Orçamento e frota
A nova linha da CPTM está atualmente em fase de projeto diretriz, com previsão de entrega após 2040. Estão previstos 46 trens operando com intervalos de 3 minutos. O custo estimado do empreendimento é de R$ 34,502 bilhões.
Embora enfrente desafios técnicos e financeiros por ser um projeto iniciado do zero, a proposta é considerada estratégica. As áreas contempladas pela Linha 25 sofrem com a falta de transporte de qualidade, e a nova linha promete ser um importante alívio para esses usuários. Além de facilitar os deslocamentos, a linha pode contribuir para a redução do tráfego nas vias e das emissões de poluentes, incentivando a adoção do transporte coletivo e colaborando para a mitigação dos impactos ambientais.
A implantação da Linha 25-Topázio consta no PITU 2040 como um projeto previsto para o período pós-2040. Sua denominação foi oficializada no terceiro trimestre de 2024. Até o momento, não há registros da linha no site da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, tampouco consta qualquer projeto relacionado à Linha 25-Topázio no portal da Secretaria de Parcerias em Investimentos.





