A passagem básica dos ônibus municipais em São Paulo será reajustada a partir de 6 de janeiro, passando a custar R$ 5,30. Segundo a Prefeitura, o percentual de correção ficará abaixo do IPC-Fipe Transporte Coletivo, que acumulou alta de 6,5% no ano.
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De acordo com a administração municipal, durante a gestão do prefeito Ricardo Nunes, a tarifa permaneceu congelada em R$ 4,40 por um período de cinco anos. Entre 2020 e 2025, houve apenas um reajuste, de 13,6%, que elevou o valor para R$ 5,00. No mesmo intervalo, a inflação acumulada foi de 40,31%. Com isso, a atualização para R$ 5,30 representa menos da metade da inflação registrada ao longo desses cinco anos.
A Prefeitura destaca ainda que a capital paulista possui uma das tarifas mais baixas da Região Metropolitana de São Paulo e a menor do país, considerando o sistema de integração gratuita do Bilhete Único. Atualmente, o passageiro pode realizar até quatro embarques em ônibus diferentes dentro do período de três horas sem custo adicional. Sem subsídios, a tarifa técnica do sistema chegaria a R$ 11,78.
O novo valor da passagem será encaminhado à Câmara Municipal para apreciação, conforme determina o trâmite legal. Além disso, a composição da tarifa será apresentada ao Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) em uma reunião extraordinária. Na ocasião, a SPTrans irá detalhar a atualização e a evolução dos custos do sistema desde o último reajuste, indicando que a correção proposta permanece abaixo da inflação acumulada no período.
Entre janeiro e novembro, a Prefeitura informa ter investido R$ 2,8 bilhões em políticas de gratuidade no transporte público. Diariamente, cerca de 1 milhão de embarques gratuitos são realizados por idosos, além de 725 mil estudantes beneficiados em dias úteis, com isenção total ou desconto de 50% na passagem, e 316 mil embarques gratuitos de pessoas com deficiência. No total, mais de 623 milhões de viagens sem cobrança foram registradas no período, incluindo os programas Domingão Tarifa Zero e Mamãe Tarifa Zero.
A SPTrans também esclareceu que os créditos comprados até as 23h59 do dia 5 de janeiro, no valor de R$ 5,00, poderão ser utilizados por até 180 dias. Após esse prazo, o sistema passará a debitar o valor reajustado de R$ 5,30. A legislação vigente estabelece como limite de recarga até 200 tarifas para o Vale-Transporte e 100 tarifas para o Bilhete Único Comum.
