O Ministério dos Transportes informou que na última semana, foram aprovados os estudos técnicos atualizados da Ferrogrão (EF-170), projeto considerado estratégico para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste.
Com a validação pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os estudos da concessão ferroviária que ligará Sinop, no Mato Grosso, a Miritituba, no Pará, seguem agora para análise do Tribunal de Contas da União (TCU). Essa fase é vista como fundamental para a retomada definitiva do empreendimento, que prevê a implantação de 933 quilômetros de trilhos.
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Segundo o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, os estudos passaram por revisões abrangentes. As atualizações envolvem projeções de demanda, soluções de engenharia, aspectos operacionais, avaliação ambiental e modelagem econômico-financeira, além de análises detalhadas de custo-benefício socioeconômico, balanço de emissões e reforço nos programas de mitigação e compensação socioambiental.
A Ferrogrão foi concebida como uma alternativa logística para o agronegócio da região central do país, permitindo que a produção seja direcionada aos portos do Arco Norte sem a dependência da BR-163, uma das principais rotas rodoviárias da região.
A expectativa é de impactos diretos na logística nacional, como a redução do fluxo de caminhões em rodovias estratégicas, diminuição de acidentes e congestionamentos, queda nos custos de transporte, redução das emissões de gases de efeito estufa e ganho de competitividade do Brasil no mercado externo.
Anel Ferroviário do Sudeste
Outro avanço destacado pelo Ministério dos Transportes foi a validação das etapas de participação social do projeto da EF-118, conhecido como Anel Ferroviário do Sudeste. A iniciativa também integra a carteira de concessões ferroviárias prevista para 2026.
O relatório final será incorporado ao Plano de Outorga do ministério e servirá de base para a estruturação do edital de concessão. A estimativa é de investimentos superiores a R$ 4,6 bilhões, voltados à ampliação da capacidade logística e ao fortalecimento da integração entre portos, polos industriais e regiões produtoras.
De acordo com Leonardo Ribeiro, a consolidação dessa etapa reforça a maturidade dos projetos ferroviários em desenvolvimento, com estudos mais aprofundados, maior diálogo com a sociedade e aumento da segurança jurídica para investidores, usuários e o poder público.





