A partir de 1º de janeiro, o transporte público coletivo de Campinas passará a operar com novas tarifas, após a aplicação de um reajuste médio de 4,24%, percentual alinhado à inflação acumulada dos últimos 12 meses. Com a atualização, o Bilhete Único Comum será reajustado para R$ 6,00, enquanto o Vale-Transporte passará a custar R$ 6,50. O último aumento havia sido aplicado em 1º de janeiro de 2025, quando a correção média foi de 4,88%.
As regras de integração permanecem inalteradas. A primeira integração segue gratuita, permitindo ao passageiro utilizar dois ônibus no intervalo de até duas horas pagando apenas uma tarifa. Já a segunda integração continuará com valor fixado em R$ 0,50, sem reajuste.
Segundo a administração municipal, a atualização tarifária é necessária para preservar o equilíbrio econômico-financeiro do sistema, impactado pela elevação dos custos operacionais, como combustível e mão de obra. Para reduzir os efeitos do reajuste aos usuários, o município mantém o aporte de subsídios públicos. Em 2025, foram destinados R$ 218,4 milhõesao transporte coletivo e R$ 18 milhões ao PAI-Serviço, somando R$ 236,4 milhões.
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As isenções tarifárias continuam válidas para públicos específicos, como idosos, estudantes, universitários e pessoas com deficiência física, sensorial, mental, orgânica ou múltipla. Créditos adquiridos até 31 de dezembro poderão ser utilizados pelo prazo de um ano. A Prefeitura também destaca que, durante as gestões do prefeito Dário Saadi, entre 2021 e 2024, não houve reajustes nas tarifas do transporte coletivo.
Novos valores das tarifas
- Bilhete Único Comum: de R$ 5,70 para R$ 6,00
- Vale-Transporte: de R$ 6,20 para R$ 6,50
- Bilhete Único Escolar: de R$ 2,28 para R$ 2,40
- Bilhete Único Universitário: de R$ 2,85 para R$ 3,00
- Linha Centro: de R$ 4,13 para R$ 4,33
- 1ª Integração: gratuita
- 2ª Integração: R$ 0,50
Licitação do transporte público
No início de dezembro, a Prefeitura de Campinas publicou o edital de licitação para a concessão do transporte público coletivo convencional, com contrato estimado em R$ 11 bilhões. A abertura das propostas está marcada para o dia 23 de fevereiro, às 11h, na sede da B3, em São Paulo, com transmissão ao vivo pela internet.
A concessão terá prazo de 15 anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco anos, dividida em dois grandes eixos operacionais: Lote Norte, que abrange as regiões Norte, Oeste e Noroeste, e Lote Sul, que inclui as regiões Leste, Sul e Sudoeste da cidade.
O edital prevê a renovação da frota, com a incorporação de ao menos 60 ônibus elétricos nos primeiros anos e veículos com padrão Euro 6 para o restante da operação. Outras alternativas de propulsão, como biometano, GNV e hidrogênio, também estão contempladas, mantendo a frota 100% acessível.
A concessão inclui ainda a operação do BRT, com reorganização do sistema em rede tronco-alimentada, além da criação de linhas intersetoriais e conexões mais eficientes entre bairros, terminais e regiões. O PAI-Serviço também fará parte do contrato, com previsão de modernização, ampliação da capacidade e renovação da frota.
O sistema de bilhetagem eletrônica será estruturado por meio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), com participação da Emdec, que terá poder estratégico e fiscalização contínua, apoiada por auditoria independente. Os investimentos previstos somam cerca de R$ 1,9 bilhão, incluindo renovação de frota, tecnologia embarcada, terminais e estações.
Atualmente, o sistema de transporte coletivo de Campinas opera com 1.032 ônibus, distribuídos em 232 linhas, transportando uma média de 407,8 mil passageiros por dia útil, conforme dados mais recentes.








