Ônibus elétricos reduzem mortes nas cidades

Divulgação

A transição de ônibus movidos a combustíveis fósseis para veículos elétricos vem redesenhando o panorama da mobilidade urbana no Brasil e em diversos países. Mais do que uma mudança tecnológica, a eletrificação das frotas tem impacto direto na saúde pública e na qualidade de vida das populações urbanas, segundo levantamentos do Grupo C40 de Grandes Cidades para Liderança do Clima (C40).

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De acordo com o Ministério das Cidades, os estudos mostram que a retirada de 1.000 ônibus a diesel das ruas resulta na prevenção de aproximadamente três mortes prematuras por ano, reflexo da queda expressiva na concentração de poluentes atmosféricos.

“Quando trocamos um ônibus a diesel por um veículo elétrico, reduzimos de forma significativa a exposição das pessoas a gases nocivos e partículas finas. Isso se traduz em menos internações por problemas respiratórios e cardiovasculares e em cidades com ar mais puro”, afirma Thomas Maltese, líder de Ônibus Zero Emissões do C40.

No cotidiano dos passageiros, as mudanças também são perceptíveis. “O usuário geralmente prefere o ônibus elétrico, mesmo que a viagem dure alguns minutos a mais. O conforto, o ar-condicionado, o Wi-Fi e o baixo nível de ruído tornam o deslocamento mais agradável”, explica Maltese. A melhoria na experiência de viagem tende a fortalecer a adesão ao transporte público, contribuindo para a redução de carros nas ruas.

Impacto ambiental

No aspecto ambiental, dados do C40 indicam que, ao longo de seu ciclo de vida, um ônibus elétrico em operação no Brasil emite 77% menos gases de efeito estufa do que um modelo equivalente a diesel. As informações dialogam com os temas em discussão na COP30, realizada em Belém (PA) até 21 de novembro, que reúne autoridades, pesquisadores e organizações civis para debater ações frente às mudanças climáticas.

Durante o encontro, o diretor de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano do Ministério das Cidades, Marcos Daniel Souza, destacou a relevância da pauta. Ele lembrou que a transição energética já é uma meta compartilhada por diversas nações e que o intercâmbio de práticas pode acelerar a adoção de novas tecnologias no Brasil. Em 2024, o Novo PAC destinou recursos para a compra de 2.296 ônibus elétricos.

Para Souza, a adoção de frotas elétricas é um movimento essencial para melhorar a mobilidade urbana e reforçar o protagonismo brasileiro nas discussões internacionais sobre sustentabilidade.

Renato Lobo – Editor do Via Trolebus

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.
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