A Ecovias apresentou nesta quarta-feira (19), na Assembleia Legislativa de São Paulo, os estudos preliminares para a construção da terceira pista do Sistema Anchieta-Imigrantes, que deverá ampliar a ligação entre a Capital e a Baixada Santista. As informações foram divulgadas no site da Alesp.
A reunião foi promovida pela Frente Parlamentar em defesa da nova ligação, coordenada pela deputada Solange Freitas (União), e reuniu representantes da Artesp, da Polícia Militar Rodoviária, além de autoridades do setor portuário e de cidades do Litoral.
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Segundo Solange, o objetivo é discutir alternativas para reduzir o impacto do trânsito na chegada e saída da Baixada. “A população sofre com o fluxo crescente de veículos. As pessoas querem respostas sobre o andamento dos estudos e sobre quando a obra poderá sair do papel”, afirmou.
Cubatão critica o traçado proposto
Parte do debate se concentrou na definição do traçado da futura pista. A proposta apresentada pela Ecovias — ainda em desenvolvimento — foi questionada pela Prefeitura de Cubatão.
O secretário municipal Fabrício Lopes sugeriu um corredor exclusivo para cargas, utilizando a Rodovia Cônego Domênico Rangoni para conectar Cubatão ao Porto de Santos. Ele argumenta que, do modo como está desenhada, a nova pista não resolve o gargalo na entrada da área insular de Santos.
“A cidade continua dependente apenas da Rodovia Anchieta. Não somos contra a terceira pista, mas defendemos que ela avance para realmente atender ao objetivo”, disse Lopes.
O superintendente de Novos Investimentos da Artesp, Rodrigo Kenji Hirata, afirmou que as sugestões dos municípios serão incorporadas ao estudo. “O diálogo agrega elementos técnicos importantes e melhora o projeto”, comentou.
Estudos e previsão de capacidade
Representado pelo superintendente Ronald Marangon, a Ecovias informou que o traçado em análise prevê 21,6 quilômetros de extensão entre o Planalto e a Baixada Santista, com aumento de 25% da capacidade atual.
A concessionária estima concluir os estudos e apresentar o projeto executivo em junho de 2026. Quando pronta, a nova pista deverá receber 30 mil veículos por dia, mais que dobrando a capacidade para caminhões — hoje estimada em 13.500 veículos diários.
Marangon destacou que o projeto enfrenta desafios técnicos por atravessar região de serra, com geologia complexa e áreas de floresta. Ele afirmou ainda que a proposta usa tecnologias avançadas de simulação de tráfego, com o objetivo de redistribuir o fluxo de veículos pesados e reduzir a sobrecarga no trevo de Cubatão e nas cidades do Litoral.
Renato Lobo – Editor do Via Trolebus








