Durante o evento Cidade CSC 2025: O Futuro das Cidades Inteligentes, realizado nesta semana em São Paulo, o gerente executivo de contratos de concessão da Motiva, Gabriel Jacobino, destacou a importância de fortalecer a relação entre o poder público e as concessionárias de transporte, defendendo mais transparência, inovação tecnológica e mecanismos que tragam resultados diretos para o passageiro.
Jacobino foi um dos participantes do painel “Governança e Controle: monitoramento, transparência e relacionamento com o parceiro privado”, onde citou exemplos práticos de como o diálogo pode ser um bom caminho. Segundo ele, em vez de processos, alternativas como investimentos adicionais nas Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda podem gerar mais benefícios à população.
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Entre os avanços destacados, o executivo mencionou a futura implementação do sistema ETCS (European Train Control System), que modernizará a sinalização ferroviária. O novo padrão permitirá ampliar a operação dos trens, conectando trechos hoje restritos, como a utilização da Linha 9 em direção à Barra Funda, além de melhorar a eficiência e a segurança.
“Muitos ainda acreditam que o subsídio vai para o bolso do empresário. Mas, na verdade, sustenta um serviço essencial para a economia. Quando uma prefeitura anuncia ônibus grátis no domingo, é o subsídio que viabiliza. A grande discussão agora é a fonte de financiamento: hoje, quase tudo vem do cofre público. Até que ponto o transporte individual, que não paga nada, não deveria contribuir?”, afirmou.
Jacobino também ressaltou o papel da tecnologia para aproximar o usuário da gestão pública:
“As concessões acumulam milhares de indicadores, mas como isso chega ao usuário? A inteligência artificial pode transformar dados de fiscalização em informação em tempo real, dando transparência e empoderando quem de fato paga pelo serviço.”
Para o executivo, o sucesso das concessões só pode ser medido pelo impacto percebido no dia a dia de quem utiliza os sistemas de transporte.
“Os contratos só fazem sentido quando geram melhorias percebidas pelo usuário: intervalos menores, viagens previsíveis, mais segurança e conforto. É o passageiro quem valida, todos os dias, se a política pública está funcionando.”
