O Governo do Estado de São Paulo abriu consulta pública para o projeto da nova Linha 16-Violeta do Metrô, que deverá ligar as zonas leste e oeste da capital. O traçado passou por alterações em relação ao plano original elaborado pelo Metrô, e uma das mudanças mais recentes diz respeito à extensão até a futura estação Teodoro Sampaio, o que permitirá uma integração tripla entre as Linhas 16, 20-Rosa e 22-Marrom.
De acordo com o Memorial Descritivo do Anteprojeto de Arquitetura da Linha 16-Violeta, a Estação Teodoro Sampaio será construída no bairro de Pinheiros, na esquina das ruas Doutor Virgílio de Carvalho Pinto e Teodoro Sampaio. Trata-se de uma região consolidada e de grande movimentação, marcada por forte vocação comercial e de serviços, além de intensa circulação de pedestres, presença de escolas, clínicas, lojas e restaurantes.
Localização aproximada:
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A Rua Teodoro Sampaio, segundo o documento, é caracterizada por uso misto, com predominância de edificações térreas e de média altura, onde predominam comércios no térreo e residências nos andares superiores. O projeto da nova estação respeita os limites de desapropriação definidos nos estudos anteriores e abrange a área delimitada pela Travessa Professor Antônio Rangel Bandeira, Rua Doutor Virgílio de Carvalho Pinto, Rua Teodoro Sampaio e Rua Joaquim Antunes.
O terreno é atualmente ocupado por imóveis de uso misto, incluindo uma agência bancária, lojas de móveis e decoração, além de residências. Essa configuração urbana, segundo o documento, favorece a implantação da estação e de seu edifício técnico, garantindo integração harmônica com o entorno.
A localização é considerada estratégica, pois permitirá no futuro a integração direta com as Linhas 20-Rosa e 22-Marrom, ampliando a conectividade do sistema metroviário e reforçando o papel da estação como ponto de redistribuição de demanda no eixo oeste da cidade.
A estação será totalmente subterrânea, com plataformas construídas pelo método NATM, e contará com um único acesso em nível térreo, localizado entre as ruas Doutor Virgílio de Carvalho Pinto e Teodoro Sampaio, onde ficará o hall de bilheterias.
Na área não paga, estarão as bilheterias e máquinas de recarga de bilhetes, separadas da área paga por seis bloqueios reversíveis e dois acessíveis. A Sala de Supervisão Operacional (SSO) será instalada na área paga, responsável pelo controle e monitoramento das operações.
O acesso aos níveis subterrâneos será feito por um elevador, três escadas rolantes e uma escada fixa. Após o hall, os passageiros passarão por três pavimentos intermediários — Intermediário 1 (nível 743,16), Intermediário 2 (735,32) e Intermediário 3 (727,48) — interligados por outro conjunto de escadas e elevador.
O mezanino inferior (nível 719,64) receberá o fluxo dos pavimentos intermediários e fará a ligação com as plataformas por meio de um túnel de conexão, que conduz a um mezanino metálico sobre as vias. É neste nível que está prevista a futura conexão com as Linhas 20-Rosa e 22-Marrom.
As plataformas laterais terão 6 metros de largura e 132 metros de comprimento, dimensionadas de acordo com critérios de conforto e segurança. A demanda prevista considera 6.000 passageiros por hora, com densidades de até 3,6 usuários por metro quadrado em situações de contingência.
Cada plataforma será conectada ao mezanino por um elevador, quatro escadas rolantes e quatro escadas fixas, além de escadas enclausuradas e pressurizadas que servirão como rota de fuga até o nível da rua.
O projeto prevê acessibilidade total, com elevadores desde o hall de bilheterias até as plataformas, garantindo o deslocamento de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
As salas técnicas estarão localizadas em um edifício integrado à estação, com acesso pela Rua Joaquim Antunes. Nesse prédio ficarão instalados transformadores, grupos geradores a diesel, salas de média e baixa tensão, equipamentos eletrônicos, baterias, ventilação e escadas de emergência.
A previsão do governo é entregar o trecho da Linha 16 entre Teodoro Sampaio e Abel Ferreira em 2040.
