O deputado estadual Enio Tatto (PT) apresentou uma emenda ao Projeto de Lei nº 1036/2025, que trata da Proposta Orçamentária do Estado de São Paulo para 2026, destinando recursos para a expansão do Metrô ou da CPTM até o município de Diadema.
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A proposta, registrada sob o número 27065, foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo nesta terça-feira (28), na seção de Atos Legislativos e Parlamentares da Assembleia Legislativa.
De acordo com o documento, a emenda prevê o remanejamento de R$ 1 milhão do orçamento estadual para ações voltadas à ampliação da malha metroferroviária na região do ABC Paulista. O recurso seria destinado ao planejamento ou execução de obras que viabilizem a chegada do transporte sobre trilhos a Diadema, cidade que hoje não conta com ligação direta ao Metrô ou à CPTM.
Na justificativa, o parlamentar destaca que a medida busca “garantir a destinação de recursos orçamentários para a expansão do Metrô/CPTM até o município de Diadema”, reforçando a importância da integração do sistema metropolitano de transporte com a cidade.
Atualmente, Diadema é atendida apenas pelo Corredor ABD, que liga o município a São Paulo e São Bernardo do Campo.
CPTM projetou linha que corta Diadema
Um novo eixo ferroviário poderá, no futuro, ligar São Bernardo do Campo a Embu das Artes, passando por Diadema e pela Zona Sul da capital paulista. Trata-se da Linha 25-Topázio, projeto ainda em fase de estudos e que foi revelado antecipadamente pelo Via Trolebus.
A nova linha aparece no Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério das Cidades. O documento traz informações inéditas sobre o projeto, incluindo estimativas de frota, extensão e custo total. O projeto mais atual prevê a ligação entre Santo André, na estação ABC e Embu das Artes.
Mencionada anteriormente no Plano Integrado de Transportes Urbanos (PITU) 2040, a Linha 25-Topázio deve ter aproximadamente 34,5 quilômetros de extensão e 21 estações. Entre as interligações previstas estão a futura Estação ABC, que integrará a Linha 14-Ônix da CPTM, e a Estação Campo Limpo, que atende à Linha 5-Lilás da ViaMobilidade e deverá receber também a Linha 24-Quartzo da CPTM.
Segundo o ENMU, a Linha 25-Topázio foi concebida para atender regiões com baixa oferta de transporte sobre trilhos, como Diadema, Embu das Artes e São Bernardo do Campo. A iniciativa deve representar um dos maiores avanços de expansão da malha ferroviária metropolitana nas últimas décadas. Das 21 estações previstas, apenas Campo Limpo já está em operação. O projeto inclui também obras de engenharia complexas, como pontes, túneis e adequações geométricas, o que explica o alto investimento necessário.
O novo traçado foi planejado para evitar o centro da capital, oferecendo rotas alternativas para passageiros que não precisam se deslocar até as áreas centrais. A proposta pretende reduzir o tempo de viagem e diminuir a superlotação nas principais estações de transferência, beneficiando inclusive quem utiliza o centro apenas como ponto de conexão.
Atualmente em fase de projeto diretriz, a Linha 25-Topázio tem previsão de entrega após 2040. O plano operacional prevê 46 trens, com intervalos de cerca de 3 minutos entre as composições. O investimento estimado é de R$ 34,5 bilhões.
Apesar dos desafios técnicos e financeiros de um projeto iniciado do zero, o estudo classifica a Linha 25 como estratégica para o desenvolvimento da mobilidade na região metropolitana. Além de melhorar o acesso ao transporte público e reduzir a dependência do automóvel, o novo eixo ferroviário deve diminuir o tráfego nas vias e as emissões de poluentes, fortalecendo as políticas de sustentabilidade e inclusão urbana.
Renato Lobo – Editor do Via Trolebus




