A BR-116/PR/SP, conhecida como Régis Bittencourt, vai receber mais de R$ 13 bilhões em investimentos nos próximos anos. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (24) a repactuação do contrato em acordo com o Ministério dos Transportes, que prevê a realização de uma nova concessão para o principal eixo de ligação entre as regiões Sul e Sudeste.
“Fazer a otimização desses contratos não só garante mais investimentos, mas também permite modernizá-los, trazendo, por exemplo, a gestão por incentivos, em que o valor do pedágio só sobe depois que as obras são entregues. Seguimos trabalhando para aprimorar a infraestrutura do país”, afirmou a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse.
Operada atualmente pela concessionária Arteris, a Régis Bittencourt foi incluída entre as prioridades do Governo Federal para ajustes contratuais. A nova concessão terá contrato assinado em 2026 e prevê obras ao longo de 15 anos, incluindo mais de 90 quilômetros de iluminação em trechos de serra, cerca de 60 quilômetros de terceiras faixas, além de melhorias em acessos, passarelas, ciclovias e passagens para fauna.
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“A BR-116, que liga São Paulo a Curitiba, é indispensável não só para esses estados, mas também para a conexão com a região do Mercosul”, destacou a secretária.
Com 383 quilômetros de extensão, a rodovia atravessa 16 municípios e é considerada essencial para o transporte de cargas e o escoamento da produção industrial e agrícola. O trecho, no entanto, enfrenta dificuldades operacionais, especialmente durante o período chuvoso, quando o tráfego intenso se torna ainda mais crítico.
A BR-116/PR/SP integra o Programa de Otimização de Contratos do Ministério dos Transportes, que busca soluções para rodovias com pendências técnicas e financeiras. A previsão da pasta é realizar 45 leilões até 2026, com expectativa de atrair mais de R$ 350 bilhões em novos investimentos e repactuações de concessões rodoviárias.
