Paraná apresenta VLT que anda sem trilhos

Divulgação

O governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou nesta quinta-feira (4) o Bonde Urbano Digital (BUD), nova tecnologia de transporte coletivo sem trilhos que será implantada entre as cidades de Pinhais e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O Estado será o primeiro da América do Sul a adotar oficialmente o sistema, fruto de um investimento da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep).

Diferente de ônibus, BRTs ou VLTs, o BUD não depende de trilhos ou estruturas fixas. O veículo circula sobre pneus de borracha diretamente no asfalto, guiado por um sistema de “trilhos virtuais” com marcações digitais e sensores de alta precisão que definem sua rota. A tecnologia inclui rastreamento automático, orientação autônoma e proteção eletrônica ativa, garantindo segurança mesmo em condições adversas, como chuva ou desgaste da pista.

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O veículo, fabricado pela CRRC Corporation, tem 30 metros de comprimento, três eixos, capacidade para 280 passageiros, ar-condicionado, operação bidirecional e pode atingir até 70 km/h. Ele será implantado em um trecho de aproximadamente 13 quilômetros entre os terminais de Pinhais e Piraquara, região que hoje transporta cerca de 10 mil pessoas por dia no sistema de ônibus. A passagem custará R$ 5,50, mesmo valor do bilhete metropolitano, e o tempo de viagem será semelhante ao atual.

Segundo o governador Ratinho Junior, o projeto coloca o Paraná na vanguarda do transporte coletivo. “Somos o primeiro da América do Sul a tirar do papel um projeto desse porte. O Paraná buscou o que há de mais avançado no mundo em transporte coletivo para melhorar a vida das pessoas. A Região Metropolitana de Curitiba cresce rápido em termos econômicos e populacionais, e estamos nos preparando para o futuro”, destacou.

O veículo chegou ao Brasil em agosto, pelo Porto de Paranaguá, e está em fase de montagem em uma garagem. Os testes devem começar em novembro, quando também terão início as primeiras viagens experimentais.

De acordo com o presidente da Amep, Gilson Santos, o custo de implantação do BUD é três vezes menor do que o de sistemas de VLT e tem prazo reduzido de implantação, com vida útil de até 30 anos. “Estamos confiantes com esse teste, que começa ainda neste ano, e vamos avaliar a aceitação da população e as possibilidades de expansão. É um marco para a mobilidade urbana”, afirmou.

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.
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