Um estudo coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério das Cidades, incluiu a proposta de implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ligando Brasília a Luziânia (GO). O projeto, desenvolvido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), prevê a utilização da malha ferroviária já existente, com trens de tração diesel-hidráulica.
A ideia é que o futuro sistema parta da Rodoferroviária, no Eixo Monumental, e siga até Luziânia, passando por Valparaíso de Goiás. O VLT também teria integração com o Metrô do Distrito Federal e o BRT, ampliando a oferta de transporte coletivo na região.
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Apesar do potencial, o projeto ainda se encontra em fase conceitual e carece de definições estratégicas, como estimativas de demanda e viabilidade econômico-financeira. Especialistas apontam que o traçado atual pode não ser suficientemente atrativo sem integração com outros sistemas de transporte, o que dificulta sua priorização.
Outro ponto em análise é a adaptação da ferrovia, hoje utilizada para transporte de cargas, ao uso de passageiros. A operação conjunta exigirá definições sobre manutenção, divisão de responsabilidades e convivência entre o concessionário da linha e um futuro operador do VLT.
O custo operacional estimado (OPEX) da ligação entre Brasília e Valparaíso de Goiás é de R$ 2,24 bilhões. O estado atual da via também impõe desafios, já que trechos demandam obras de contenção, reforço e recuperação de taludes.
Um edital para contratar a empresa responsável pelo Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) já foi publicado pela Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Há expectativa de que o empreendimento conte com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO).
