O Paraná apresentou nesta quinta-feira (4) o Bonde Urbano Digital (BUD), veículo leve sobre pneus fabricado pela CRRC que promete revolucionar a mobilidade na Região Metropolitana de Curitiba. Diferente de sistemas tradicionais como ônibus elétricos, BRTs e VLTs, o novo modelo dispensa trilhos e grandes obras de infraestrutura. Ele circula diretamente sobre o asfalto, guiado por um sistema de “trilhos virtuais”, composto por sensores magnéticos e marcações digitais de alta precisão.
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Qual a capacidade e rota que será testado?
O BUD terá capacidade para até 280 passageiros e vai operar em uma rota de cerca de 10 quilômetros, conectando o Terminal de Pinhais ao Terminal São Roque, em Piraquara, passando pela Avenida Ayrton Senna da Silva e pela Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel. A expectativa é que a operação experimental comece em novembro.
Vai operar sem motorista?
Durante a fase de testes, o veículo será conduzido por motoristas, mas a tecnologia permite operação autônoma, que poderá ser implementada futuramente em parceria com órgãos de regulamentação de trânsito.
Tecnologia e desempenho
O BUD mede 30 metros de comprimento, tem ar-condicionado, operação bidirecional e pode atingir até 70 km/h — velocidade superior à dos ônibus convencionais e ao BRT, limitado a 60 km/h. O veículo será recarregado por pantógrafos aéreos, que permitem em apenas 30 segundos acumular energia suficiente para rodar até 5 km. A carga completa leva cerca de 12 minutos e garante autonomia de 40 km. Também haverá recarga na garagem de Piraquara.
Quanto tempo dura um veículo como esse?
A vida útil estimada do veículo é de 30 anos, três vezes mais que a frota atual do transporte coletivo. Para a implantação, estão previstas intervenções no pavimento para instalação dos sensores magnéticos, além da adaptação dos terminais. Em Piraquara, será construída uma garagem de manutenção anexa ao terminal. O investimento nesta fase é de aproximadamente R$ 6 milhões.
