A cidade de Campinas já teve um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que operou entre 1990 e 1995, mas que fechou as portas após suspeitas de corrupção, e um prejuízo a empresa que encarregada de operar a linha.
Passados 30 anos, não faltam projetos de sistemas de média capacidade sobre trilhos no município que é o terceiro em população do estado de São Paulo, e que está entre as cinco mais ricas com base no Produto Interno Bruto (PIB).
O mais recente é um projeto que pode atender a região, sendo qualificado no Programa de Parcerias e Investimentos do governo estadual. O eixo, com 44 quilômetros de extensão, segundo o site da Secretaria de Parcerias e Investimentos, pode ter seu leilão realizado em 2027 e deve ligar cidades vizinhas, o centro de Campinas e o Aeroporto de Viracopos.

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Na década passada, entretanto, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) havia estudado uma malha de VLT que previa seis serviços, distribuídos em aproximadamente 162 quilômetros de extensão, conforme um levantamento coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério das Cidades.
O estudo foi elaborado em 2013:
A Linha 1 previa cerca de 20,5 quilômetros de extensão, conectando o Aeroporto de Viracopos à malha de trilhos existente.
Já a Linha 2 teria aproximadamente 40 quilômetros de extensão, partindo de Campinas até a Unicamp, seguindo em direção a Paulínia e Sumaré.
A Linha 3 seria a maior, com 46 quilômetros, ligando Louveira, Valinhos e Vinhedo a Campinas e Jundiaí. Esse traçado acabou sendo absorvido pelo projeto do Trem Intermetropolitano, que deve ter as obras iniciadas no próximo ano e entrega prevista para 2029.
A Linha 4, com 23 quilômetros, conectaria Vinhedo ao Aeroporto de Viracopos.
Já a Linha 5 teria 36 quilômetros de extensão, ligando Campinas, Sumaré, Hortolândia e Americana. Parte desse traçado pode ter sido aproveitada no projeto atual do governo estadual.
Por fim, a Linha 6 teria 43 quilômetros de extensão, conectando o Aeroporto de Viracopos a Sumaré, Hortolândia e Americana.
O estudo divulgado pelo BNDES mostra que a expansão de serviços de transporte, que tiveram sucesso em diversas partes do mundo, não ocorre no Brasil pela falta de análises consistentes. Muitas vezes, os projetos chegam a ser estudados, mas acabam engavetados sem avanço.





