Na semana passada, o Via Trolebus noticiou que um projeto previa o uso de VLT na primeira ferrovia do Brasil. O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério das Cidades, avaliou o projeto do segundo trecho de ligação de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Magé, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A proposta prevê a conexão da área próxima à Baía de Guanabara até a estação Piabetá, da SuperVia, utilizando 11,3 quilômetros de leito ferroviário desativado.
O traçado inclui seis estações pré-definidas e aproveita parte da infraestrutura ferroviária existente, ainda que em estado degradado. O trecho 2 complementaria o trecho 1 do projeto, que ligaria Piabetá a Petrópolis, mas cuja análise já havia indicado ausência de demanda suficiente para operação de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC).
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Segundo o estudo, o novo segmento conectaria duas centralidades de Magé: Piabetá e Guia de Pacobaíba. Entretanto, dados de telefonia indicam que são realizadas cerca de 11 mil viagens internas no município durante a hora pico da manhã, número que, quando distribuído entre diferentes centralidades e modos de transporte, não justificaria a implantação de um sistema de TPC-MAC.
Com isso, o relatório recomenda que o eixo seja considerado para uso turístico, e não como parte da rede regular de transporte, sendo excluído da Rede Planejada.
Apesar da baixa perspectiva de demanda, o projeto já possui autorização para licitação emitida pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), que inspecionou e confirmou a preservação do leito ferroviário. Órgãos de preservação patrimonial, como o IPHAN e o INEPAC, também concederam aprovação.
