O “Estudo Nacional de Mobilidade Urbana: Desenvolvimento do Transporte Público de Média e Alta Capacidade nas principais Regiões Metropolitanas do país” (ENMU) é uma iniciativa conjunta do BNDES e do Ministério das Cidades, no âmbito de um Acordo de Cooperação Técnica. O estudo prevê 147 km de novas linhas de metrô na Região Metropolitana de São Paulo até 2054.
Entre as estações está um anexo até então inédito da Linha 6-Laranja, o que acrescentaria mais uma estação ao traçado do eixo de transporte em relação ao que havia sido apresentado anteriormente pelo Governo do Estado de São Paulo. As últimas declarações do governador Tarcísio de Freitas, no entanto, indicam que a Linha 6 seguirá rumo noroeste, chegando apenas até a região de Velha Campinas.
O ENMU, por outro lado, menciona uma possível conexão da Linha 6 até a estação Vila Clarice, na Linha 7-Rubi, operada nesse contexto pela TIC Trens. “O trecho terá comprimento de aproximadamente 5 km de trilhos, com 3 novas estações e conexão com a Linha 7-Rubi (CPTM) na estação Vila Clarice”, cita o documento.
Novos trens
Na semana passada, foi apresentado o primeiro dos 22 trens que a Alstom está produzindo para a Linha 6. Já o ENMU menciona uma frota adicional de 12 trens para atender a extensão da linha, com intervalo previsto de 2,10 minutos entre as composições. O custo da obra está orçado em R$ 5.015,71 milhões, com uma demanda estimada de 666.533 passageiros por dia.
O relatório justifica a extensão destacando que, atualmente, a região contemplada pela futura Extensão 1 da Linha 6-Laranja, especialmente em áreas como Brasilândia, possui atendimento limitado em termos de transporte metroferroviário. A Linha 7-Rubi da CPTM é hoje a principal conexão da região, especialmente no eixo mais ao norte, como nos bairros do Jaraguá e Pirituba. Por isso, a criação de um novo ramal na direção noroeste poderá ampliar a mobilidade e acessibilidade para essa população. A conclusão das obras e o início das operações estão previstos para 2035, segundo o documento do BNDES.
