Sindicato acusa empresas de travarem negociações para reajustes salarial
Uma greve ou paralisações no transporte coletivo durante a manhã não estão descartadas na cidade de São Paulo, após o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) informar, por meio de comunicado, que não recebeu proposta formal das operadoras sobre o reajuste anual da categoria.
Segundo o site do sindicato, uma reunião com o setor patronal (SPUrbanuss), que ocorreria na última quarta-feira (11), foi cancelada sem justificativa. O encontro serviria para tratar de temas econômicos e outras pautas da campanha salarial.
Operação pode sofrer atrasos nesta sexta-feira
No mesmo comunicado, o sindicato informou que foi aprovada por unanimidade a realização de uma mobilização na madrugada de sexta-feira (13 de junho), com assembleias em todas as garagens dos sistemas estrutural e local, entre 3h e 5h da manhã. Também haverá assembleias no setor de manutenção, das 10h às 12h, além de ações nos terminais de ônibus ao longo do dia.
Está prevista ainda uma grande assembleia em frente à sede do sindicato, reunindo trabalhadores para atualizar o andamento das negociações, discutir e aprovar ações estratégicas em defesa da categoria.
Apesar dos alertas, ainda não há data definida para uma greve geral. Mas o movimento sindical pode ocorrer na próxima semana.
“Desde o início, a entidade respeitou o diálogo como o caminho adequado para buscar entendimento e atender às reivindicações da categoria. O setor patronal, no entanto, usou da velha e covarde intransigência para travar as negociações”, afirmou o presidente do sindicato, Valdemir dos Santos Soares (Moleque).
“Nossa resposta a esse descaso será com luta e mobilização junto aos trabalhadores nas bases”, completou.
Reivindicações da categoria incluem:
- Reconhecimento da data-base em 1º de maio
- Reajuste salarial e de benefícios com base no INPC
- Aumento real de 5%
- Revisão de perdas acumuladas há mais de 10 anos
- Ticket nas férias e sem descontos
- Incorporação do abono de R$ 270
- Inclusão de mais um dependente no plano de saúde
- Implantação de Plano de Cargos e Salários no setor de manutenção
- Resolução de pautas específicas para mulheres, saúde, segurança e outras demandas pendentes
