O trem S34, o sexto a ser entregue para a Linha 15-Prata do monotrilho, já foi completamente encarrilado, conforme imagens divulgadas pelo Metrô ao Via Trolebus. O veículo chegou no Pátio nesta sexta, conforme divulgado pelo site.
A composição agora passará pelas etapas finais de montagem, como a instalação das saias que cobrem os truques e sistemas elétricos inferiores, além da fixação dos gangways (passagens entre os carros). Em seguida, serão realizados testes estáticos, antes de o trem se juntar às demais unidades que já estão em testes dinâmicos, como os trens S29, S30 e S31.
O Via Trolebus acompanhou o encarrilamento da composição S30:
Atualmente, dois novos trens estão no Porto de Santos, em processo de liberação alfandegária, e devem ser enviados ao Pátio Oratório nas próximas semanas. Outras duas composições estão a caminho do Brasil, em transporte marítimo. Além disso, mais cinco trens seguem em fase de produção e testes na China.
No total, o contrato prevê a entrega de 19 novas composições até 2026, em alinhamento com a futura expansão da Linha 15 até as estações Ipiranga, Boa Esperança e Jacu Pêssego.
Frota M VS frota S
Os 27 trens atualmente em operação na Linha 15-Prata fazem parte da Frota M, fabricada pela Bombardier. Já os novos trens que estão sendo entregues ao longo de 2025 pertencem à Frota S, nomeação que segue a sequência alfabética adotada pelo Metrô de São Paulo.
O visual frontal das novas composições mantém o mesmo padrão das unidades da Frota M, mas diversos aperfeiçoamentos foram implementados com base nos aprendizados obtidos ao longo dos 10 anos de operação do monotrilho.
Esse processo de evolução não é novidade para a companhia. A Frota P da Linha 5-Lilás, hoje operada pela ViaMobilidade, também recebeu atualizações após sugestões dos metroviários. O resultado foi um dos trens mais bem avaliados pelos profissionais que atuam no sistema.
Evolução técnica nos bastidores
Embora as mudanças visuais da Frota S em relação à Frota M sejam discretas, melhorias importantes foram realizadas em componentes estruturais e técnicos, que impactam diretamente na durabilidade, manutenção e eficiência operacional:
- Roda de carga: os pneus que sustentam o peso do monotrilho foram reforçados, com melhorias no sistema run-flat e sensores de temperatura mais modernos.
- Engates entre carros: redesenhados para maior flexibilidade e durabilidade, agora com modelo “semi-permanente”.
- Sapatas coletoras: responsáveis por captar energia do trilho lateral, foram reprojetadas para oferecer maior vida útil.
- Vidros: mais leves e resistentes, o que reduz custos e facilita a manutenção.
Mudanças internas e no conforto do passageiro
O interior das composições preserva o padrão visual da Frota M, mas conta com ajustes voltados à economia e à experiência do usuário:
- Assentos: agora em fibra de vidro, mais fáceis e econômicos de substituir, com manutenção facilitada.
- Pega-mãos reposicionados: melhor adaptados para pessoas com mobilidade reduzida, especialmente próximos aos assentos preferenciais.
- Mapas dinâmicos: redesenhados para maior clareza e leitura mais intuitiva.
- Gangways: os corredores entre carros agora têm piso metálico, aumentando a segurança e a robustez.
- Sistema de ar-condicionado: os dutos foram modificados para facilitar a manutenção e troca dos filtros, reduzindo o tempo de inatividade.
Intercomunicador mais acessível
Uma das sugestões dos próprios funcionários do Metrô foi atendida: o intercomunicador de emergência foi reposicionado em altura mais baixa, permitindo o uso por cadeirantes, que geralmente ocupam os carros nas extremidades da composição.
