Conforme matéria no site Poder 360 a implementação de ônibus elétricos em São Paulo, uma das frentes da transição energética no transporte público, enfrenta novos obstáculos. A relação entre a Enel e a prefeitura, já tensionada por apagões recorrentes na cidade, agravou-se devido a atrasos na infraestrutura necessária para operar 80 veículos elétricos adquiridos pela MobiBrasil. Enquanto a distribuidora afirma cumprir prazos, a gestão Ricardo Nunes (MDB) demonstra impaciência com a demora.
Contexto do Conflito
A Enel tem contratos firmados para instalações em 30 garagens de ônibus, com 16 obras concluídas e 14 em andamento. No entanto, a prefeitura critica a lentidão, já que os veículos permanecem parados à espera da infraestrutura elétrica. Reuniões semanais entre Enel, SPTrans e operadoras buscam resolver o impasse, mas a prefeitura alega desconhecimento sobre os prazos, enquanto a distribuidora sustenta que há transparência nos processos.
Desafios Técnicos e Operacionais
Antes de firmar contratos, as operadoras precisaram adaptar redes internas para evitar sobrecarga na rede elétrica dos bairros – um processo que exige planejamento detalhado. A MobiBrasil, por exemplo, aguarda a conclusão das obras para colocar seus 80 ônibus em circulação. Outras empresas, como Gato Preto e Grupo Ruas, não se pronunciaram sobre prazos, segundo apuração do site Poder360.
Impacto na Mobilidade Urbana
A demora afeta diretamente a meta de São Paulo de reduzir emissões com frota limpa. Enquanto isso, a Enel enfrenta pressão adicional devido a falhas no fornecimento de energia. A SPTrans, por sua vez, reforça a necessidade de agilidade, já que a cidade tem planos ambiciosos para eletromobilidade.
A Enel garante que as obras seguem o cronograma, mas a prefeitura sinaliza que pode buscar alternativas caso os prazos não sejam respeitados. O impasse reflete desafios maiores na modernização da infraestrutura energética e explicitam os desafios na execução do plano de descarbonização na maior metrópole brasileira.