A semana inicia com uma greve marcada nas linhas de trem operadas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A categoria decidiu, na semana passada, pela paralisação em protesto contra o plano de concessão das linhas de trem promovido pelo governo de Tarcísio de Freitas. Das sete linhas que a CPTM operava, três já foram concedidas, e nesta semana está marcado o leilão de mais três: as Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
O sindicato afirma que a medida pode precarizar o serviço.
Quando será a greve?
De acordo com um comunicado do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, que representa os trabalhadores dessas linhas, a paralisação está prevista para começar no dia 26 de março (quarta-feira).
Quando acaba?
Também não se sabe quando o protesto vai terminar. Em um comunicado, a categoria fala em “tempo indeterminado”. Provavelmente os representantes dos trabalhadores devem se reunir ainda pela quarta para desenhar os rumo do movimento grevista.

Quais linhas serão afetadas?
A princípio, a paralisação afetará as Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que são representadas por essa entidade sindical.
Já os ferroviários das Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa são representados por outro sindicato, e, até o momento, não há confirmação se essas linhas também serão afetadas pela greve.
No metrô e nas linhas de trem já concedidas à iniciativa privada, não há previsão de paralisação. No entanto, há um apoio por parte dos Sindicatos dos Metroviários sobre o pleito dos ferroviários.
Que horas começa a paralisação?
Assim como em greves anteriores, as estações não devem abrir no horário habitual, às 4h da manhã do dia 26 de março.
Haverá atendimento parcial em alguns trechos?
Nos últimos anos, tanto a CPTM quanto o Metrô adotaram o chamado plano de contingência, no qual funcionários de outras áreas assumem a operação dos trens para manter parte do serviço funcionando. A medida inclusive é critica pelos sindicatos, que apontam um eventual risco aos passageiros.
Isso pode ocorrer nesta quarta-feira, garantindo a operação em alguns trechos das linhas afetadas. No entanto, ainda não há uma confirmação oficial sobre a aplicação desse plano desta vez.

O que diz o governo?
A gestão de Tarcísio de Freitas defende que a concessão trará melhorias nos serviços, proporcionando benefícios significativos para os passageiros. Cita, por exemplo, que nos casos dessas linhas haverá investimos de R$ 13 bilhões.
Já o sindicato dos ferroviários argumenta que a medida vai piorar a qualidade do transporte e pode resultar na precarização do serviço.