A Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI) lançou nesta terça-feira o edital de licitação para a concessão das Linhas 11, 12 e 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O leilão está previsto para o final de março de 2025.
O documento apresenta mudanças em relação à consulta pública, incluindo a alocação de trens mais modernos no chamado “Lote Alto Tietê“, conforme já havia sido antecipado pelo secretário da SPI, Rafael Benini.
Realocação de frotas
Em entrevista a uma revista especializada, Benini explicou que o projeto inicial para a concessão das linhas do Alto Tietê previa o repasse de trens mais antigos, próximos ao fim de sua vida útil. No entanto, o plano foi revisado, priorizando a alocação de composições mais novas nas Linhas 11, 12 e 13, enquanto os trens mais antigos serão destinados à Linha 10-Turquesa.
Essa estratégia permite que, durante a futura concessão da Linha 10, sejam adquiridos novos trens como parte do chamado “investimento contingente”. “É um risco que o setor privado não assume. Como estará o dólar daqui a 20 anos?”, destacou o secretário.
Inicialmente, a nova operadora deverá contar com 92 trens. Depois, com a redução de intervalos serão ao todo 107 com a redução do intervalo previsto.
Frota destinada às linhas 11, 12 e 13:
- Série 2500: 8 trens
- Série 7000: 19 trens
- Série 8000: 36 trens
- Série 8500: 35 trens
- Série 9000: 9 trens
O retorno da série 7000
Conforme indicado no edital, os trens da Série 7000 estão atualmente emprestados à ViaMobilidade, mas serão devolvidos à CPTM para posterior repasse à concessionária. Serão 19 trens de 8 carros cada.
E a frota da linha 10-turquesa?
Após a reorganização da frota, a Linha 10-Turquesa contará com oito trens da Série 7500 (incluindo composições que devem ser devolvidas pela ViaMobilidade) e cinco trens da Série 2070, totalizando 13 composições. No entanto, essa quantidade ainda é insuficiente para atender à demanda de 15 trens necessários.
Para complementar a frota, há duas possibilidades em estudo. Uma delas é reativar cinco trens da Série 3000, atualmente fora de operação desde 2021, conforme informações do site MetrôCPTM. Outra alternativa seria o empréstimo de trens adicionais da Série 7000. Há ainda a possibilidade dos novos trens a serem adquiridos pela futura concessionária da ferrovia que corta o ABC.