Durante a 30ª Semana da Tecnologia Metroferroviária, organizada pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), engenheiros do Metrô revelaram atualizações sobre o progresso da Linha 17-Ouro do monotrilho.
No painel apresentado por Roberto Torres Rodrigues, engenheiro do Metrô e gerente de empreendimento da Linha 17-Ouro, foi informado que 66% das obras do trecho 1 já foram concluídas. A estação mais avançada é a Aeroporto de Congonhas, com 79% de progresso. A estrutura elevada, entretanto, está em um estágio ainda mais adiantado, com 85% de execução.
A expectativa do Metrô é que a linha entre em operação em 2026.
Testes com trens
O primeiro trem da Linha 17, que chegou recentemente, deverá iniciar os testes em 2025, aumentando gradualmente a extensão dos trechos testados ao longo do ano. Ainda em 2024, está prevista a chegada de uma segunda composição, com as doze restantes sendo entregues em 2025, totalizando uma frota de 14 trens fabricados pela BYD, que operarão entre as estações Morumbi, Washington Luís e Aeroporto de Congonhas.
Uma obra marcada por desafios
Iniciada em 2012, a construção da Linha 17-Ouro do monotrilho enfrenta uma série de obstáculos até hoje, incluindo a falência de empresas e construtoras incapazes de avançar com o projeto. A primeira empresa contratada para fabricar os trens, a Scomi, também enfrentou falência, o que atrasou ainda mais o empreendimento.
Raio x da linha:
– Terá 8 quilômetros de extensão;
– Deve atender a cerca de 93 mil passageiros por dia;
– Terá conexão com as Linhas 5-Lilás em Campo Belo e 9-Esmeralda em Morumbi;
– Há ainda projeto de extensão nas duas pontas: de Morumbi até São Paulo-Morumbi e de Washington Luís até Jabaquara. As extensões já foram confirmadas pelo governo estadual, mas ainda não há previsão de obras.