Plano ferroviário turístico é apresentado pelo Governo Estadual
Nesta semana, o Governo Estadual revelou um plano com 23 rotas ferroviárias voltadas ao turismo, incluindo ligações como a conexão entre São Paulo e Minas Gerais, além de uma linha que percorrerá o Litoral Sul, chegando ao Vale do Ribeira.
Revitalização da antiga Santos-Cajati
Entre os projetos, está a reativação da histórica ferrovia Santos-Cajati, que iniciou operações em 1915 e encerrou suas atividades em 2002. O auge da linha ocorreu nas décadas de 1940 e 1950, com a circulação do Expresso Ouro Branco, um trem de passageiros sofisticado que conectava a Capital a Peruíbe.
Potencial de turismo e preservação ambiental
Segundo o “Programa de Turismo Ferroviário do Estado de São Paulo“, elaborado pela Secretaria Estadual de Turismo, o trajeto oferece potencial para promover mobilidade, acessibilidade e uma rota turística sustentável para o Vale do Ribeira. O projeto busca integrar diversos municípios sem a necessidade de abrir novas rodovias ou impactar a Mata Atlântica.
“Possivelmente, teríamos uma das ferrovias turísticas mais atrativas do mundo, com estações no ramal Cajati que poderiam ser restauradas ou reconstruídas de forma sustentável, em meio à floresta preservada”, menciona um trecho do documento.
Integração regional com foco no turismo
O trajeto da ferrovia passa próximo a cidades que compõem o Distrito Turístico Portal da Mata Atlântica, conectando municípios como Pedro de Toledo e Itariri, e passando por Registro, que funciona como um polo regional de serviços para o Vale do Ribeira. O percurso atravessa litoral, cavernas e áreas de preservação da Mata Atlântica, oferecendo um atrativo turístico único.
Investimento público para o Vale do Ribeira
O projeto destaca que a operação desta ferrovia turística seria um investimento direto do estado no desenvolvimento sustentável da região, considerada pouco viável para concessão privada devido aos custos e características específicas.
Sem previsão para início das obras
Embora a ferrovia tenha 198 km de extensão já traçados, ainda não há prazos definidos para o início das obras. Em alguns trechos, a malha ferroviária necessita de recuperação, mas até Itanhaém as condições da via são relativamente boas, segundo a pasta.