Rajadas de vento e tempestades podem voltar a atingir a Grande São Paulo entre sexta e domingo
A previsão do tempo indica que, entre sexta-feira e domingo, a região metropolitana de São Paulo pode ser novamente afetada por rajadas de vento e tempestades, fenômenos que já causaram danos na semana anterior, principalmente na distribuição de energia. Até o momento, algumas residências ainda não tiveram o fornecimento elétrico restabelecido.
Essas condições climáticas intensas têm aquecido debates políticos, desafiando a gestão da prefeitura e do governo estadual, além de impactar a operação dos transportes. Um exemplo é a estação Santo Amaro, que requer monitoramento especial dependendo das condições climáticas.
A estação, localizada junto à Ponte Estaiada, conta com um mastro de 65 metros de altura e 34 estais. Por estar sobre o Rio Pinheiros e cercada por uma área com características específicas, a estrutura demanda atenção especial durante eventos climáticos severos.
Operadora atenta à previsão do tempo
Em nota enviada ao Via Trolebus, a operadora informou que recebe diariamente boletins meteorológicos da Climatempo, enviados ao Centro de Controle Operacional (CCO) às 7h. Esses boletins trazem previsões de temperatura, chuvas e ventos para os três dias seguintes. Entre os principais sistemas de monitoramento, está o SMAC, que emite alertas sonoros imediatos em caso de variações climáticas significativas.
Velocidade dos ventos pode impactar a operação dos trens
Dependendo da intensidade das rajadas de vento, procedimentos específicos podem ser adotados, afetando a circulação dos trens. O sistema Notus monitora em tempo real a velocidade dos ventos no topo do mastro da ponte, enviando atualizações a cada 15 segundos. Ele segue um protocolo de cores para classificar a criticidade da situação:
- Verde: Ventos de até 60 km/h, operação normal.
- Amarelo: Ventos entre 60 e 80 km/h, com restrição de velocidade dos trens para 40 km/h.
- Vermelho: Ventos acima de 80 km/h, situação crítica que exige a paralisação da circulação e evacuação da estação.
Monitoramento da vibração
O sistema Solaris, por sua vez, monitora em tempo real a vibração dos estais e do mastro, com informações enviadas ao CCO por sinalizadores luminosos. Esses sistemas trabalham de forma integrada, possibilitando análises precisas e uma rápida tomada de decisões em situações de crise climática.
“Cada vez mais estamos percebendo que as alterações climáticas podem mudar de forma rápida e imprevisível. O investimento contínuo em tecnologia de monitoramento e segurança é fundamental para garantir a operação segura das nossas linhas e proteger os passageiros. Esses sistemas atuam de maneira integrada, permitindo uma resposta imediata e eficiente em qualquer situação adversa”, afirma Francisco Pierrini, Diretor de Operações da CCR Mobilidade.