Os recorrentes atos de vandalismo, especificamente nas portas dos trens, obrigam a SuperVia a gastar cerca de R$ 150 mil mensais na manutenção dessas estruturas.
Para tentar reduzir essa prática ilegal, a operadora lançou um projeto piloto: um kit de proteção para as portas, que estão entre os componentes mais frequentemente danificados nos trens. O objetivo da iniciativa é reforçar a segurança e preservar a integridade dos carros de passageiros.
Os kits antivandalismo são feitos de policarbonato duplo, fixados tanto no lado interno quanto no externo das portas, proporcionando uma proteção resistente. A tecnologia foi desenvolvida pelo setor de engenharia de manutenção da concessionária, e em testes foi submetida a forças superiores ao impacto de um chute humano, dificultando a ação de vândalos.
“Estamos desenvolvendo esse projeto desde agosto. Nosso objetivo é oferecer resistência ao impacto e segurança, com um baixo custo de execução”, afirma Juliana Barreto, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da SuperVia.
Onde serão instalados?
Inicialmente, os kits serão instalados nas portas 1 e 8 de cada composição, com custo a partir de R$ 520 por porta. Essas portas foram escolhidas por serem as mais visadas para vandalismo. Quando ocorre um ato criminoso, essas portas permanecem travadas devido a protocolos de segurança.
“É importante destacar que a SuperVia gasta, em média, R$ 150 mil por mês na manutenção dessas portas. Com a instalação dos kits, espera-se uma redução significativa nos custos de reparo e uma melhoria na segurança dos trens. Este projeto representa um avanço importante no combate ao vandalismo e na preservação dos trens, reafirmando nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade”, conclui Juliana.
O vandalismo é um crime, conforme o artigo 163 do Código Penal brasileiro, sujeito a prisão e multa, com pena de seis meses a três anos de detenção.