O governador Tarcísio de Freitas anunciou nesta terça-feira, 2 de outubro de 2024, que pretende realizar uma Parceria Público-Privada (PPP) para o projeto da Linha 16-Violeta do Metrô, que inicialmente ligará as estações Oscar Freire e Abel Ferreira.
A ideia do governo estadual é reutilizar as tuneladoras que estão atualmente escavando os túneis da Linha 6-Laranja. No mês passado, a Acciona, principal empresa responsável pela Linha 6, manifestou interesse em construir a Linha 16.
No entanto, segundo Tarcísio, outra empresa pode vencer a concorrência e utilizar as tuneladoras. “Estamos falando em aproveitar as tuneladoras. Independentemente da empresa que vencer o leilão, vamos realizar uma licitação para a Linha 16. Será uma PPP, e já temos as tuneladoras aqui. Assim, quem vencer o leilão terá a facilidade de utilizar essas máquinas”, explicou o governador.
Recentemente, o governo de São Paulo qualificou o projeto no programa de parcerias e investimentos.
Com essa aprovação, o futuro ramal metroviário da Zona Leste de São Paulo poderá receber manifestações de interesse da iniciativa privada para sua construção e operação.
A Linha 16 será concedida à iniciativa privada, viabilizando a primeira fase das obras. Em uma etapa futura, o eixo de transporte poderá ser estendido até a Cidade Tiradentes.
O Estado estima um investimento de R$ 24 bilhões, com prazo de concessão de 30 anos, sendo 8 anos de obras e 22 de operação. O próximo passo do governo será a abertura de um chamamento público para interessados em realizar um estudo de viabilidade do projeto.
Após essa etapa, haverá a escolha da melhor proposta, preparação da modelagem, realização de audiências e consultas públicas, publicação do edital e, por fim, a realização do leilão.
Apelidada de “Linha dos Parques”, a Linha 16-Violeta terá sete integrações com o sistema sobre trilhos: nas estações Ana Rosa, Anália Franco, Oscar Freire, com a Linha 6-Laranja e Linha 10-Turquesa, na futura Estação São Carlos, e com a Linha 19-Celeste na Estação Jardim Paulista, que faz parte de uma expansão após Anhangabaú, atualmente em fase de projeto.
A projeção anual é atender mais de 226 milhões de passageiros com 16 estações, 17 km de extensão e um tempo de percurso de 30 minutos, reduzindo em 60 minutos o trajeto atual.
