O Metrô de São Paulo deu mais um passo para ajudar o governo estadual a tirar a Linha 20-Rosa do papel, planejada para conectar o ABC Paulista à capital. A empresa, que atua tanto como operadora quanto como planejadora das futuras redes, lançou duas licitações para estudos do novo ramal.
A primeira licitação trata do mapeamento e cadastramento de redes de utilidade pública. Já a segunda busca contratar investigações geotécnicas, sondagens e ensaios no subsolo, necessários para subsidiar a elaboração do projeto básico.
A Linha 20 terá aproximadamente 31,1 km de extensão, ligando as estações Santo André e Santa Marina, com paradas em São Bernardo do Campo, Cursino, Saúde, Moema e Vila Madalena.
Uma das apostas do atual governo
“Nós vamos levar o Metrô ao ABC.” A frase, frequentemente repetida pelo governador Tarcísio de Freitas, refere-se ao projeto que integra o programa de parcerias e investimentos do estado.
Enquanto o Metrô avança com as análises para a nova linha, a Secretaria de Parcerias e Investimentos incluiu a Linha 20 na lista de potenciais concessões.
O site da pasta também menciona a implementação das Linhas 19-Celeste e 22-Marrom. Por meio de uma parceria público-privada (PPP), o projeto prevê serviços de expansão, operação e manutenção das linhas, com uma avaliação estratégica para participação do setor privado.
Estão sendo analisados modelos para associar as novas linhas às já existentes. No caso da Linha 20, por exemplo, estuda-se a possibilidade de concessão conjunta com a Linha 1-Azul.
Inversão de trechos prioritários
Um dos relatórios integrados do Metrô, publicado anualmente, sugeriu que as obras da Linha 20 iniciassem por São Paulo, com chegada posterior ao ABC. A gestão atual, no entanto, estuda iniciar o projeto no ABC, partindo de Santo André até a estação Saúde.
Próximos passos e prazos
Metrô: Finalizar o projeto básico da Linha 20.
Secretaria de Parcerias e Investimentos: Os estudos estão sendo realizados pela International Finance Corporation (IFC) do Banco Mundial, com previsão de conclusão em 2025. A pasta estima o leilão para 2026, seguido da assinatura do contrato.