A extensão do Metrô até Taboão da Serra pode ter suas obras iniciadas até o final do ano. Por enquanto, a ViaQuatro, operadora da Linha 4-Amarela, está desenvolvendo o projeto executivo. O novo trecho de transporte incluirá uma extensão de 2,4 quilômetros e duas novas estações.
Um estudo recente, entretanto, previu a possibilidade de mais paradas ao longo da linha, que atualmente parte da Estação Luz, podendo, por exemplo, chegar até o Terminal Campo Limpo de ônibus. No documento intitulado “Relatório Ambiental Preliminar – RAP”, disponível no site da operadora, ao menos seis alternativas de traçado foram estudadas, algumas das quais consideravam novas estações tanto em São Paulo quanto em Taboão da Serra.
As alternativas
A Alternativa 01 previa a implantação da Estação Terminal Praça Nicola Vivilechio. No entanto, essa opção apresentou uma forte incompatibilidade com a configuração urbana e topográfica da região, o que resultaria em um alto impacto ambiental devido às adequações necessárias.
A Alternativa 02 previa a extensão até o futuro Terminal São Francisco, com a Estação Vida Nova (Ponto 05) na BR-116 como intermediária. A extensão total dessa alternativa era de 5.275 metros, incluindo o trecho de estacionamento de trens após a Estação São Francisco (Ponto 06) e cinco VSEs, sendo quatro entre as estações e um na extremidade do estacionamento mencionado.
A Alternativa 04 fazia parte do grupo de alternativas que seguiam a diretriz de traçado paralelo à Estrada do Campo Limpo e ao Córrego Pirajussara. Essa opção propunha a extensão da Linha 4 até o Terminal de Ônibus Campo Limpo, operado pela São Paulo Transporte S/A (SPTrans), integrando-a com linhas municipais de São Paulo e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos S.A. (EMTU), além de uma possível conexão com a linha de monotrilho entre Capão Redondo e Vila Sônia, que à época estava sendo planejada pela SPTrans.
Essa alternativa foi descartada, pois o terminal estaria a 2,8 km da Estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás. Considerou-se que, apesar de essa região ter uma ocupação urbana mais densa do que a encontrada ao longo do eixo da Rodovia Régis Bittencourt, ambas as alternativas entrariam em conflito com a área de atendimento da Linha 5, deixando de atender bairros populosos da periferia de Taboão da Serra. Nessa situação, a população precisaria se deslocar até o Largo do Taboão para acessar a Linha 4.
A alternativa mais longa previa a chegada do metrô à Estação Paulo Ayres, seguindo o eixo da BR-116, com uma extensão de quase seis quilômetros a partir de Vila Sônia.
O documento conclui que a Alternativa 02 se mostrou a mais viável para implantação. Além de ter custos de desapropriação mais baixos e atender à população de Taboão da Serra e outras áreas por meio da interligação com diversas linhas de ônibus, essa opção também oferece maior potencial para futuros prolongamentos, o que é essencial em regiões com dinâmicas urbanas aceleradas.