Ao passar pela Avenida Francisco Morato, é possível notar uma construção situada entre duas estações de metrô. Essa edificação, cuja função é essencial, auxilia na ventilação dos túneis por onde passam os trens e, em casos extremos, permite a evacuação segura dos passageiros em uma eventual emergência.
Conhecida tecnicamente como Ventilação e Saída de Emergência (VSE), essa estrutura é sempre instalada entre as estações. Em algumas situações, há mais de uma VSE entre as paradas, dependendo da distância entre elas. Portanto, pode-se afirmar que há praticamente o mesmo número de VSEs que de estações de metrô subterrâneas em São Paulo. Diversas VSEs estão espalhadas pela cidade, como na Avenida Jabaquara, no centro da capital, entre muitos outros locais.
A manutenção de todo esse sistema é uma tarefa de grande responsabilidade, capaz de prevenir catástrofes e salvar vidas. No mundo, já ocorreram tragédias em sistemas de metrô que resultaram na morte de centenas de passageiros. Em 2003, na Coreia do Sul, um incêndio provocado por um homem em uma tentativa de suicídio atingiu dois trens de metrô, causando a morte de 198 pessoas e ferindo 147 em Daegu, no sudeste do país. Em 1995, no Azerbaijão, 292 pessoas perderam a vida e 168 ficaram feridas em um incêndio em um trem do metrô de Baku, que estava entre duas estações. Nesse segundo caso, o funcionamento eficaz do sistema de ventilação e a presença de uma rota de saída alternativa demonstraram como a VSE pode mitigar os danos em situações de tragédia.
Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.