A ViaMobilidade não tem mais interesse em operar o monotrilho da Linha 15-Prata, pelo menos não na configuração original da concessão feita em 2019.
O Consórcio ViaMobilidade – Linha 15, formado pela CCR e pela RuasInvest Participações, venceu a licitação de concessão da do meio de transporte em um leilão realizado em 2019 na sede da B3 (antiga BM&FBovespa). No entanto, o processo foi questionado pelo Ministério Público.
Entre os argumentos discutidos, destacaram-se questões controversas como a necessidade de autorização legislativa para conceder o serviço e a exigência de algum tipo de licença da prefeitura, responsável pelo transporte público na capital. Além disso, houve confusão nas interpretações sobre a tarifa cobrada dos passageiros e a tarifa paga aos operadores, que não estão relacionadas, entre outros aspectos que não foram devidamente esclarecidos na época do certame.
“Não temos interesse”
“Nós não temos interesse em operar a Linha 15 com aquele processo feito lá no passado. Se houver uma nova concessão, vamos estudar novamente,” afirmou Marcio Hannas, Presidente da CCR Mobilidade, em entrevista ao “Pod nos Trilhos” da Revista Ferroviária.
Segundo Hannas, o processo já caducou e houve questionamentos sobre o processo licitatório antes da assinatura do contrato.
Francisco Pierrini, COO da CCR Mobilidade, informou durante a entrevista que o grupo pode ver um novo contrato como uma “nova oportunidade”, caso a concessão seja combinada com outras concessões.
“É uma grande oportunidade de repensar esse projeto de fazer a concessão só do monotrilho la no passado”, afirmou Pierrini.