Dois terminais de ônibus foram fechados na manhã desta quinta-feira, 16 de maio de 2024. Segundo as primeiras informações nas redes sociais, os terminais Parque Dom Pedro II e Santo Amaro chegaram a ser fechados por protestos.
Entre 10h48 e 11h38 dessa quinta-feira (16), a saída de coletivos foi bloqueada no Terminal Santo Amaro, pela Av. Pe. José Maria, 400, sem qualquer aviso prévio aos passageiros. Já no Terminal Pq. D. Pedro II, os manifestantes impediram a entrada/saída dos ônibus entre 11h10 e 11h23.
Em nota ao Via Trolebus, a SPTrans informou que “repudia os atos que privam a população de acessar o serviço essencial de transporte público. Um Boletim de Ocorrência será registrado junto à polícia, para que sejam responsabilizados aqueles que impediram o acesso da população a terminais de ônibus na cidade nesta quinta-feira (16).”
O fluxo nos dois terminais está normalizado. A SPTrans acionou o policiamento com o objetivo de manter o serviço de transporte público aos passageiros. As equipes de campo também estão nos terminais para prestar apoio à operação.
Estado de greve
Não se sabe se a paralisação está ligada ao sindicato que representa os trabalhadores. O que se sabe, é que na semana passada, o sindicato representante dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo votou e aprovou uma medida de estado de greve, um estágio prévio à paralisação. São Paulo possui o maior sistema de transporte coletivo do Brasil, com uma frota de mais de 14 mil veículos.
Segundo o SindMotoristas – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, as empresas de ônibus propuseram um aumento salarial de 2,77% com base no IPC-FIPE. O sindicato, por sua vez, busca um aumento de 3,20% com base no INPC-IBGE, além de um aumento real. Outras demandas incluem participação nos lucros e resultados (PLR), questões específicas relacionadas ao setor de manutenção, plano de saúde, redução da jornada de trabalho e fim da hora de refeição não remunerada.
Segundo comunicado emitido pelo sindicato, mais de 14 mil votos foram registrados nas urnas durante as votações sobre o estado de greve da categoria. O comunicado menciona a possibilidade de uma paralisação no final do mês ou em junho.
“Portanto, vamos continuar dialogando e negociando até o final deste mês. Se nossas demandas não forem atendidas, tomaremos medidas drásticas em toda a cidade de São Paulo até que sejamos tratados com o devido respeito. Como sempre, afirmamos que sem luta não há conquistas”, afirma a nota.
