Com cerca de 4 mil km de ferrovias, a malha de alta velocidade espanhola cobre praticamente todo o país, com serviços em Madri e Barcelona a Córdoba Sevilha, Málaga, Leão e Valência. Entre as duas principais cidades da Espanha, Madri e Barcelona, que ficam a cerca de 600 km uma da outra, mais ou menos a mesma distância entre Rio e São Paulo, a viagem dura mais ou menos 3 horas.
E os Espanhóis usufruem de toda essa malha. Cerca de 70% dos deslocamentos entre Madri e barcelona é por meio desses trens. O Via Trolebus esteve exatamente nesta rota, sendo que na ida utilizou um trem de dois andares, e na volta, outro trem com pavimento único.
A malha de alta velocidade
Antes de falar propriamente da viagem, é importante explicar um pouco como funciona a compra dos bilhetes. São diversas empresas, entre estatais e privadas, que oferecem o serviço, utilizando a mesma via férrea. Para ir de Madri e Barcelona, utilizamos a empresa francesa de baixo Custo, ou Low Cost, a Ouigo. Pra volta de Barcelona para Madri, usamos a Low Cost da estatal Renfe, a Avlo. E aqui vale o mesmo para a compra de passagens aéreas: é necessário comprar com antecedência, porque os valores também são dinâmicos. Ou seja, comprar na hora da viajar, na bilheteria da estação pode sair bem caro. A escolha de acento também é igual ao avião, ou seja, acento marcado e para escolher um deles pode significar desembolsar mais alguns euros.
Importante ressaltar que a Espanha quadruplicou sua oferta de serviços de alta velocidade nos últimos três anos, e hoje lidera nesse ramo na Europa. Em 2021, o governo espanhol abriu seus mercados para que empresas estrangeiras pudessem operar serviço. Isso significou a vinda de franceses e italianos para operação dos trens bala no país. Mais concorrência significa preço menor, e segundo a plataforma de venda de passagens Trainline, a redução chegou a 48% no valor pago pelo bilhete.
Quem mantém toda a estrutura e estações e a Administrador de Infraestruturas Ferroviárias (Adif), uma entidade pública empresarial espanhola veiculada ao Ministério de Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana.
A viagem
Para acessas as plataformas é necessário passar pelo raio-x, e antes da partida do trem, os passageiros ficam em uma sala de espera.
O site utilizou no caminho entre Madri e Barcelona, a Ouigo, que foi criada em 2013, sendo uma subsidiária da francesa SNCF. A partir de 2020, a Ouigo chegou em terras espanhola. Opera trens de dois andares fabricados pela Alstom, fabricados em 2010. São conhecidos pela nomenclarura de TGV Euroduplex.
O trem inicia a viagem com velocidades menores por conta dos cruzamentos com outras linhas que vão para outras localidades, mas em pouco tempo a composição já passou dos 250 km/h. Em outras palavras, nem se sente que o trem está tão rápido.
Na volta, o site utilizou a Avlo , que também é um serviço ferroviário de alta velocidade de baixo custo operado pela empresa ferroviária nacional espanhola Renfe.
Na ida, o serviço foi expresso sem paradas, e na volta foi o chamado pinga-pinga, ou seja, o trem parou em diversas cidades no meio do caminho:
Confira o primeiro vídeo da série Via Trolebus Europa:
