O setor metroferroviário ainda é predominantemente masculino, mas algumas mulheres têm ocupado o cargo de liderança. É o caso do VLT Carioca, que conta com a Débora Araújo, gerente de manutenção, que conversou com o Via Trolebus nesta semana.
Debora cuida da via permanente e toda a parte civil. Comenda 29 trabalhadores diretos e desde a época que cursava a disciplina de engenharia, já se via em um ambiente masculino.
“Eu já tenho essa vivência desde quando eu decidi fazer engenharia. Na minha turma eram 60 pessoas, tinham cinco mulheres e meu professor falava que era uma turno florida. No ambiente de trabalho, a gente precisa cada dia meio que comprovar, está sempre firmando a nossa posição. Mostrando que a gente é competente.”
A gestora conta ainda que não é fácil entrar em uma área dominada por homens, mas que com o tempo, as mulheres podem tornar o ambiente mais humano.
“Isso vem de uma postura inicial, a relação se torna muito mais fiel. Torna um ambiente onde o homem se despi do machismo e passa a tratar sentimentos.”
Ainda sim, a engenheira diz que há empenho da concessionária em trazer mais mulheres para o setor. “Posso traduzir em ações como vagas afirmativas de mulheres na manutenção, em cargos de liderança, em cargos de base. Que é toda uma formação. Como é que você vai querer uma líder, uma supervisora de manutenção se ela nunca atuou na manutenção? “
Apesar dos desafios, Débora assim como outras mulheres e homens, também foi picada pelo bichinho da ferrovia, e encoraja que outras venham para o setor que transporta milhões por dia.
“Primeiro eu diria que esse é um negocio apaixonante. Você fazer parte da vida das pessoas, da mobilidade delas. É uma rotina que nunca é igual”. Débora está há quase 25 anos no setor e já atuou no Metrô Rio.
Confira entrevista completa com ela em nosso canal no YouTube:
