Em maio de 2023, o Metrô assinava a contratação do anteprojeto de engenharia, arquitetura e geologia da futura da Linha 22-Marrom (Cotia-São Paulo), eixo metroviário que terá 29 km de extensão e 19 estações.
O trabalho será feito pelo Consórcio SYSTRA Prime L22, formado pela SYSTRA e Prime. O SYSTRA Prime L22 terá 35 meses para executar o serviço, ou seja, até maio de 2026.
Após o anteprojeto de engenharia, será a vez do Metrô contratar o projeto básico do novo eixo de transporte. O que empurra a finalização das análises até o final da década, antes do início das obras.
Metrô “mais leve”
O Metrô de São Paulo voltou a citar sistemas de menor capacidade para operação da futura linha 22-Marrom, que vai ligar as cidades de São Paulo e Cotia, com 29 quilômetros de extensão e 19 estações.
O relatório integrado 2022, que faz uma espécie de balanço do ano passado, e projeções para o futuro, a operadora cita “metrô mais leve” para um atendimento menos demandando.
“Devido às mudanças urbanas, à oportunidade de atendimento à USP, à atualização com os dados da Pesquisa OD 2017 e à necessidade de adequar a tecnologia de uma linha menos carregada, foram realizados estudos prévios de traçado e tecnologia de metrô mais leve – carro mais estreito e curto, permitindo túneis menores e estações mais curtas para a linha.” – diz o documento.
Na literatura de transporte sobre trilhos, “metrô leve” se refere a Veículo leve sobre trilhos – VLT. Em 2021, O diretor de Engenharia e Planejamento do Metrô, Paulo Meca, em entrevista à ABIFER, disse que a operadora estuda a doação de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT na nova linha 22.
“Nós estamos vendo para algumas regiões, principalmente para sistemas que estão ultrapassando as fronteiras da cidade de São Paulo, dependendo da demanda da linha para questões que é o seguinte: o custo da linha do CAPEX o OPEX tem que ser razoáveis para que a gente consiga parar de pé com essa linha”.
Meca disse que há análises sobre o custo do meio de transporte. “O caso da Linha 22-Marrom, uma linha que a gente deve chegar ao município de Cotia, que tinha um projeto inicialmente só de Metrô, e a gente lá atrás discutiu monotrilho, mas o viário não permite. Então é uma linha que nós estamos pensando, estamos pensando em de repente algum outro modal de tal que forma que possamos viabilizar no menor custo e consiga atender adequadamente a demanda.”
Já sobre o relatório integrado mais recente, a empresa ainda cita que “tais estudos serão aprofundados e validados no Anteprojeto de Engenharia/EIA-RIMA da linha, também em processo de contratação“.