O último relatório de empreendimentos do Metrô datado do mês de novembro, que mostra a evolução das obras sob responsabilidade da companhia, destaca as construções da Linha 2-Verde, em sua expansão entre a Vila Prudente e a Penha.
Das oito estações nos 8,3 quilômetros, as quatro da primeira fase de escavação são as mais adiantadas, onde estão sendo escavados os túneis que no futuro vão abrigar as plataformas. O avanço nessas paradas é por motivos óbvios: serão as primeiras paradas cortadas pela tuneladora Cora Coralina, que já avançou quase 130 metros. O tatuzão partiu em novembro do Complexo Rapadura, que não será uma estação e sim um estacionamento para oito composições, e a primeira parada cortada será Vila Formosa.
Confira o que foi feito nas estações, segundo o documento de novembro:
- Estação Orfanato: Escavação do túnel de via do corpo da estação;
- Estação Santa Clara: Escavação do túnel de via do corpo da estação;
- Estação Anália Franco: Escavação e estruturas de concreto do corpo da estação;
- Estação Vila Formosa: Tratamento dos túneis de via do corpo da estação;
- Estação Santa Isabel: Escavação dos túneis do corpo da estação;
- Estação Guilherme Giorgi: Impermeabilização e laje de fundo do corpo da estação;
- Estação Aricanduva: Escavação dos poços do corpo da estação;
- Estação Penha: Impermeabilização das paredes e revestimento secundário
do corpo da estação.
Recentemente, o Metrô de São Paulo abriu licitação para contratar sistemas na extensão da Linha 2-Verde, entre a Vila Prudente e a Penha.
O edital é sobre “execução das obras civis, fornecimento e implantação dos sistemas de alimentação elétrica e auxiliares da subestação primária Anália Franco e seu banco de dutos da linha 2-verde“.
Novos trens
Na semana passada, o Metrô de São Paulo lançou edital para a compra de 44 novos trens para as Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. A primeira composição poderá chegar em 2026.
O documento mostra algumas novidades nos novos trens em relação aos que atualmente operam nos eixos de transportes, e talvez a maior diferença seja que os novos comboios estejam prontos para a operação sem condutor.
O edital cita que “na cabeceira dianteira do Carro A deve abrigar um console de condução embutido e com uma
tampa escamoteável e removível, projetada de forma ergonômica e atender à norma UIC 651 OR para operar em pé.”
O CCO vai poder monitorar o operador. “No teto sobre o console deve ser instalado uma câmera, com lente grande angular, e a iluminação focadas na direção do console para que o operador do CCO oriente o atendente, em caso de operação manual.”
A abertura ou tentativas de abertura da tampa escamoteável do console deve ser detectada e enviada ao registrador de eventos, ao CCO e ao TCMS.
A princípio, haverá cabine nos trens, mas o edital mostra que elas poderão ser removidas. “Deve ser previsto no projeto do trem a instalação de um módulo de cabine”, diz um trecho, enquanto o ítem seguinte fala na possibilidade de “remover completamente este módulo sem a necessidade de modificar os acabamentos internos laterais, teto e pisos.”