O nome de cidade maravilhosa dado ao Rio de Janeiro condiz com a beleza da capital do estado e a simpatia do carioca. O que está longe de ser maravilhoso é o trânsito do lugar que é o cartão de visita do Brasil no exterior.
Rio de Janeiro está entra as três capitais do brasil com pior congestionamento, segundo o Índice de Trânsito TomTom. A cidade apresenta um índice de 47%, sendo a primeira cidade no ranking brasileiro e a oitava cidade do mundo no ranking global dos congestionamentos.
Qual a solução para as grande filas? Se a gente olhar apenas para o deslocamento das pessoas, não levando e conta a distribuição de empregos e moradias, sistemas de alta capacidade caem como uma luva, e talvez isso explica a boa avaliação do Metrô Rio.
De acordo com uma pesquisa do Mobilize em 2021, o nível de usuários satisfeitos ou muito satisfeitos com o meio de transporte está na casa dos 88% e 69,8%, respectivamente. Já entre o público que utiliza o ônibus de trânsito rápido (BRT), esse valor foi o menor, com 19,3% de satisfação.
A história
O Metrô Rio iniciou sua operação em março de 1979, e atualmente conta com 41 em operação e 3 linhas. Apesar de ser esteticamente diferente com o sistema mais antigo do Brasil, o de São Paulo, conta com algumas similaridades com o Metrô da capital paulista, seja pela bitola, que é a distância entre os trilhos, iguais com 1 metro e 60, seja pela alimentação com o terceiro trilhos.
Outro fator que cruza as histórias dos dois metros é o fato de que os anos que se passaram desde os primeiros projetos, não acompanharam o crescimento da malha. O primeiro estudo para o metrô carioca que se conhece foi criado no início da década de 1930, por uma comissão especial criada para analisar a situação dos transportes coletivos no então Distrito Federal.
Sua operação
O sistema conta com três frotas, sendo a série 1000 que inaugurou o sistema, produzida pela BUdd e Mafersa, a série 2000 produzida pela Alstom que entrou em operação no final dos anos 90, além da série 4000/5000 produzidas pela chinesa CRRC.
O pátio de manutenção e centro de controle está situado na Avenida Presidente Vargas, e fica perto da Central do Brasil. O pátio de manutenção funciona como uma indústria, onde cada setor é responsável por componentes específicos, como por exemplo, o setor de ar condicionado.
É lá que também fica um centro de manutenção dos materiais. Trata-se de uma centro de controle que monitora os ativos da empresa, o que facilita no processo de manutenção.
CCO para manutenção
Os centros de controle operacional serve para gerir a operação dos trens. O Metrô Rio trouxe uma inovação para o sistema de transporte: um centro que monitora os equipamentos para a manutenção.
Um sistema de alta capacidade com quase nenhuma interferência externa é o que explica a boa relação do carioca com o Metrô, e talvez o que o sistema da capital do rio tenha de ruim mesmo, é sua pouca abrangência.
O Via Trolebus lançou recentemente no canal do YouTube que mostra o sistema carioca: